S�o Paulo, 25 - Ap�s uma reuni�o de quase tr�s horas na resid�ncia do ex-presidente da Rep�blica Fernando Henrique Cardoso, na capital paulista, da qual participaram o governador Geraldo Alckmin e o prefeito Jo�o Doria, o presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), vinculou a decis�o do partido sobre a perman�ncia no governo Michel Temer (PMDB) ao julgamento da a��o impetrada pela pr�pria legenda que pede a cassa��o da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A Corte vai retomar o julgamento no dia 6 de junho.
"N�s estamos dando como uma data importante o julgamento do TSE dia 6, at� o dia 6 e ver o que acontece no dia 6", disse. O novo dirigente tucano disse ainda que qualquer movimenta��o pol�tica vai passar pelo presidente Michel Temer. "Qualquer movimenta��o (em caso de elei��o indireta) seria em conjunto com o presidente Temer, qualquer coisa tem que passar pelo presidente e a avalia��o dele", declarou.
Jereissati contou que estava viajando para Fortaleza, de onde vai conversar com outros governadores e prefeitos tucanos. Na semana que vem, ele se reunir� com as bancadas do PSDB na C�mara e no Senado para apresentar o resultado das consultas. Al�m disso, vai conversar com dirigentes de outros partidos aliados, especialmente o DEM. A ideia � desembarcar do governo Temer quando for constru�da uma candidatura de consenso para disputar os votos do col�gio eleitoral em uma eventual elei��o indireta.
Questionado sobre uma poss�vel candidatura a presidente nesse cen�rio, Jereissati desconversou. "Nem pensei nisso, ningu�m pensou nisso", afirmou. Comentando a reuni�o com os tucanos paulistas, o presidente interino reconheceu que existem pontos divergentes entre FHC, Alckmin e Doria, mas n�o especificou quais. "A unanimidade �: nada se pode fazer se afastando sequer um mil�metro da Constitui��o", afirmou. Ele refor�ou que todos acham que � preciso "tranquilidade e cautela" antes de uma decis�o. O senador defendeu que, com uma alian�a com Temer e outros partidos, � poss�vel trazer "paz ao Pa�s".
O presidente da legenda tucana ainda criticou o PT, que est� decidindo sobre n�o participar de uma elei��o em col�gio eleitoral e exigir diretas. "O PT entrou numa linha de exacerba��o e radicalismo fora da Constitui��o".
Desencontro
O encontro entre os tucanos paulistas foi marcado por desencontros. O prefeito Jo�o Doria chegou a divulgar em sua agenda oficial que se reuniria com Jereissati no gabinete da Prefeitura sem a presen�a de Alckmin e FHC. O Pal�cio dos Bandeirantes foi pego de surpresa com a informa��o, j� que Alckmin n�o divulgou em sua agenda oficial que teria uma reuni�o com o presidente interino do PSDB.
Somente no fim da tarde, � que assessores de Alckmin e Doria afinaram a agenda e definiram que o encontro seria no apartamento de FHC, no bairro Higien�polis. Alckmin e Doria sa�ram da reuni�o em carros separados e n�o falaram com a imprensa. J� Jereissati deixou o apartamento do ex-presidente cerca de 40 minutos depois e concedeu uma entrevista coletiva.
(Daniel Weterman e Pedro Venceslau)
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Decis�o do PSDB sobre Temer s� sai ap�s julgamento da chapa, diz Jereissati
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