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Estado de Minas

Funaro diz que dinheiro recebido pela irm� era de contrato com J&F

O operador contesta a informa��o de que receberia uma mesada dos irm�os Batista na pris�o


postado em 26/05/2017 12:19 / atualizado em 26/05/2017 12:34

O operador L�cio Funaro contesta a vers�o de Joesley Batista de que recebia uma mesada na pris�o. Funaro diz que o dinheiro entregue pelos irm�os Batistas � sua irm� Roberta, flagrada em opera��o controlada da Pol�cia Federal, se refere a um acerto de contas de um contrato de R$ 100 milh�es que tinha com a J&F, que controla o grupo JBS, para mediar a briga societ�ria que o grupo estava travando com a fam�lia Bertin.

Funaro est� tentando livrar a irm� da pris�o, decretada na semana passada na Opera��o Patmos. A alega��o da defesa � a de que Roberta acreditava estar recebendo um dinheiro legal.

O advogado de Roberta e que tamb�m defende Funaro, Bruno Espi�era, diz que a pris�o preventiva decretada foi ilegal j� que Roberta n�o representa risco econ�mico, n�o representa risco de fuga, tampouco h� risco de continuar praticando atos ilegais - estas todas condi��es necess�rias para a decreta��o de uma pris�o preventiva. Al�m disso, de acordo com a alega��o da defesa, Roberta n�o poderia ser presa preventivamente por ser provedora de uma crian�a menor de seis anos e por cuidar da m�e, que est� inv�lida.

A exemplo de Eduardo Cunha, que chegou a chorar ao falar de sua esposa e filha na bancada da C�mara, a fam�lia � um bem sagrado de L�cio Funaro e a pris�o de uma irm� pode se tornar um divisor de �guas no comportamento do operador, segundo fontes pr�ximas.

Desde que Funaro foi preso, em julho do ano passado, sua fam�lia tem implorado a ele que fa�a uma dela��o premiada. A m�e, Neiva Funaro, teve um acidente vascular cerebral (AVC) h� alguns meses e sua condi��o chegou a fazer crer que Funaro fecharia a dela��o, segundo relatam alguns amigos. O que at� agora n�o aconteceu.

H� quem especule que de fato o sil�ncio se devia ao dinheiro dos Batistas, donos da J&F. Em um dos pontos mais pol�micos na conversa gravada por Joesley Batista com o presidente Michel Temer, o empres�rio afirma que dava uma mesada para o operador L�cio Funaro ficar calado na pris�o.

Joesley tamb�m afirmou isso em sua dela��o e em uma a��o controlada pela Pol�cia Federal, Roberta, a irm� de Funaro foi flagrada recebendo o dinheiro da suposta mesada. Estava com sua filha. Foi presa por esse motivo na semana passada e est� na pris�o de Trememb�, interior de S�o Paulo.

A Opera��o Patmos tamb�m fez uma varredura na casa de Roberta e encontrou al�m de R$ 1,6 milh�o de dinheiro em esp�cie, uma s�rie de documentos que haviam sido transferidos dos escrit�rios de Funaro para sua casa. O conte�do dos documentos pode ser explosivo, segundo informou a colunista do Estad�o, Andreza Matais. Mas sem o direcionamento de Funaro, a PF pode n�o avan�ar.

Segundo algumas fontes, o dinheiro encontrado na casa de Roberta era o que havia sido entregue pelos Batistas. Um processo judicial que corre sob sigilo na Justi�a paulista e que foi anexado �s dela��es de Joesley, comprovam que havia um saldo a pagar pela J&F no contrato de media��o firmado com Funaro.

A discuss�o est� na Justi�a, no entanto, porque a J&F alega que os servi�os n�o foram integralmente prestados. Basicamente, o trabalho de Funaro era encerrar a briga com os Bertin. Os Bertin queriam receber mais dinheiro pelo neg�cio de fus�o que havia sido fechado em 2009. Chegou a entrar com um processo judicial alegando que tinha sido roubado por um s�cio at� ent�o oculto, a Blessed Holdings.

A J&F queria chegar a um acordo e para isso contratou Funaro. O acordo teria sido fechado, mas mesmo assim o contrato n�o foi integralmente pago pela J&F porque teriam restado algumas pend�ncias em que credores do Bertin conseguiram penhorar o patrim�nio da J&F como garantia do pagamento da d�vida.

O caso foi parar na Justi�a porque Funaro trocou e-mails datados de maio do ano passado cobrando que a conta que ficou em aberto desde 2014 fosse paga.

Funaro alegava dificuldades financeiras j� que teria que honrar alguns compromissos para se defender das acusa��es que na �poca j� lhe eram feitas. Em acerto recente, � que a J&F mesmo sem ganhar o processo teria aceitado pagar a diferen�a do contrato, mas exigiu que fosse em dinheiro por quest�es de compliance. Essa seria a mesada, alegada por Joesley Batista para que Funaro ficasse calado.


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