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Estado de Minas

Planalto aposta em semana de vota��es para tentar amenizar a crise que assola o governo

Depois da aprova��o de sete MPs no dia da manifesta��o e do agradecimento p�blico de Temer aos deputados, governo quer avan�ar com reforma trabalhista no Senado


postado em 28/05/2017 06:00 / atualizado em 28/05/2017 07:38

(foto: Lula Marques/Agência PT)
(foto: Lula Marques/Ag�ncia PT)

Bras�lia - No meio da turbul�ncia pol�tica provocada pelas dela��es feitas pelo empres�rio Joesley Batista, do grupo JBS, e sem conseguir vislumbrar quando e se a crise vai acabar, o governo tenta reconstruir a sua hist�ria com o Parlamento passo a passo.

Depois de o presidente Michel Temer gravar um pronunciamento, divulgado nas redes sociais na �ltima quinta-feira, celebrando a aprova��o de sete medidas provis�rias na C�mara, o Planalto planeja ter uma semana mais efetiva de vota��es, sobretudo de mat�rias consideradas estrat�gicas, como a reforma trabalhista no Senado.

O que n�o ser� f�cil, diga-se de passagem. Na semana passada, o simples debate quanto � leitura do relat�rio da reforma na Comiss�o de Assuntos Econ�micos (CAE) do Senado gerou uma confus�o generalizada que debandou para as vias de fato entre os senadores Randolfe Rodrigues (Psol-AP) e Ata�des Oliveira (PSDB-TO). A sess�o pegou fogo, foi interrompida e, quando os trabalhos acabaram retomados, os oposicionistas tentaram arrancar o microfone das m�os do presidente da comiss�o, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).

“Semana passada foi uma guerra. E est�vamos apenas tentando ler o relat�rio. Na pr�xima sess�o, ser� uma guerra ainda maior para votar o texto. Eles (a oposi��o) puxar�o a corda para um lado e n�s (governistas) puxaremos a corda para o outro”, resumiu um l�der governista, que preferiu n�o se identificar por acreditar que o Congresso esteja funcionando mais por uma quest�o de sobreviv�ncia pr�pria do que como uma maneira de resgatar o governo do presidente Michel Temer.

A avalia��o do n�cleo pr�ximo de Temer � diferente. A sensa��o � de que, aos poucos, as nuvens come�am a se dissipar. Na sexta-feira, Temer recebeu o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, para fazer um balan�o da semana que passou e projetar as pr�ximas batalhas.

No dia em que a Esplanada dos Minist�rios ardia e Temer publicou um decreto autorizando o uso das For�as Armadas para garantia da lei e da ordem, o plen�rio da C�mara votou sete medidas provis�rias, entre elas a que autorizava a continuidade do saque das contas do FGTS para os aniversariantes de setembro a dezembro.

OBSTRU��O

“Eu acho que n�s erramos na estrat�gia, deixamos o plen�rio vazio. Mas eu tive que sair tamb�m porque o PT e o PCdoB decidiram ir embora”, lamenta o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ). “Acho que o Rodrigo (Rodrigo Maia, presidente da C�mara) errou ali. Ele poderia ter suspendido a sess�o por causa de toda a confus�o que estava acontecendo”, completou Molon.

O deputado Julio Delgado (PSB-MG) concorda, afirmando que daria para ter deixado pelo menos uma parte das bancadas no plen�rio para manter a obstru��o das vota��es. “O governo comemora a aprova��o de sete MPs, mas omite que est�vamos fora do plen�rio. E n�o concluiu a vota��o da MP 765, que paga um b�nus de produtividade para os auditores fiscais da Receita Federal”, completou Delgado.

Nesta semana na C�mara, o governo tentar� aprovar a MP do Refis, que cria regras para um novo parcelamento das d�vidas das empresas e retoma as discuss�es da renegocia��o das d�vidas dos estados. “A ideia � mostrar que as coisas est�o funcionando.

O governo est� governando, a Justi�a e o Congresso est�o trabalhando. Apesar de alguns integrantes de alguns partidos da base, que desejam tomar o lugar do Michel e n�o t�m coragem de assumir a conspira��o �s claras”, criticou o vice-l�der do governo na C�mara, Lucio Vieira Lima (PMDB-BA).

Para L�cio, � preciso que os partidos da coaliza��o governista superem as divis�es e d�vidas neste momento de crise. “Sen�o, como justificar a uni�o para o impeachment da presidente Dilma no ano passado? Vamos passar a impress�o de que tiramos a presidente n�o para apresentar um projeto de pa�s, mas pelo projeto de poder pelo poder”, completou o deputado peemedebista.

O Planalto torce para que novos sustos n�o ocorram, embora reconhe�a que a crise est� longe de acabar. “Ser�amos ing�nuos de dizer que est� tudo bem”, resumiu um assessor palaciano.

A oposi��o promete, na pr�xima semana, pressionar o governo para explicar a sa�da da presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques, no momento em que os deputados amea�am instaurar uma CPI para investigaro banco de investimentos.

E o Planalto est� em compasso de espera por conta da retomada da vota��o, em 6 de junho, do processo de cassa��o da chapa Dilma-Temer. A expectativa � de que um dos ministros rec�m-empossados — Admar Gonzaga ou Tarc�sio Vieira de Carvalho — pe�a vistas (mais tempo para analisar o processo). Se isso ocorrer, s�o grandes as chances de o julgamento s� ser retomado no fim de junho ou no segundo semestre, j� que, em julho, o Judici�rio entra em recesso.


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