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Estado de Minas

Para base aliada, TSE d� respiro a Temer, mas ele seguir� na 'corda bamba'


postado em 09/06/2017 15:31

Bras�lia, 09 - L�deres da base aliada avaliam que um eventual resultado final favor�vel ao presidente Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dar� um respiro, mas n�o livrar� o peemedebista da crise. Para governistas, Temer seguir� amea�ado pelo surgimento de novos fatos, como eventuais dela��es premiadas, um poss�vel desembarque do PSDB e uma den�ncia da Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) contra ele.

"Esse resultado (preliminar a favor de Temer) no TSE j� era esperado e � positivo para o governo. Mas l�gico que n�o se encerra o processo", afirmou o l�der do PR, Jos� Rocha (PR), que comanda a quinta maior bancada da C�mara, com 39 deputados.

Ele se referia � decis�o do pleno da corte, que por 4 votos a 3, decidiu retirar as dela��es da Odebrecht e dos marqueteiros do PT Jo�o Santana e M�nica Moura da a��o que pede a cassa��o da chapa Dilma-Temer, o que � considerado uma proje��o de um final contra a cassa��o do presidente.

"A crise n�o est� totalmente resolvida. A cada dia podem surgir fatos novos. Todos est�vamos na expectativa desse julgamento do TSE, agora da den�ncia da PGR e continua a expectativa das dela��es, se o (doleiro L�cio) Funaro vai delatar, se (o ex-assessor de Temer e suplente de deputado, Rodrigo) Loures, vai relatar", acrescentou Rocha. Apontado como operador de propinas do ex-deputado preso Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Funaro j� deu sinais de que deve fazer colabora��o premiada.

O l�der do PSD na C�mara, Marcos Montes (MG), avalia que uma absolvi��o de Temer pelo TSE construir� sobre ele uma "for�a relativa" de sustenta��o que pode mant�-lo no governo. "Ele vai ficar na corda bamba, mas vai se equilibrar" afirmou.

O deputado mineiro prev�, no entanto, que dois fatos podem "afinar" a corda: o desembarque do PSDB do governo e poss�veis dela��es "bomb�sticas". "S�o alternativas que deixariam ele bambeando numa corda bem fina", disse.

Efeito cascata

Os tucanos marcaram para pr�xima segunda-feira, 12, reuni�o geral para decidirem se desembarcam ou n�o. No Congresso e no pr�prio governo, a avalia��o � de que uma eventual sa�da dos tucanos na base aliada tem potencial para provocar um desembarque em cascata de outros legendas.

A bancada do PRB, a nona maior bancada da C�mara, com 23 deputados, j� marcou reuni�o para o mesmo dia para avaliar o cen�rio pol�tico ap�s o TSE e a decis�o do PSDB.

"Teremos reuni�o na segunda, 12, para tomar uma decis�o de partido", disse o l�der do PRV, Cleber Verde (MA). Segundo ele, hoje, a posi��o do partido � de se manter no governo. "Mas estamos aguardando o desfecho das situa��es. N�o posso antecipar nenhuma decis�o. Vamos nos posicionar na medida em que a Justi�a tome suas decis�es. Tamb�m estamos acompanhando o movimento dos demais partidos", acrescentou o parlamentar maranhense.

Den�ncia

Mesmo antes de a PGR enviar a den�ncia contra Temer, aliados do presidente na C�mara j� articulam para barr�-la. Vice-l�der do governo na Casa, o deputado Beto Mansur (PRB-SP) diz que a estrat�gia � tentar votar a den�ncia o mais r�pido poss�vel na C�mara. A avalia��o � de que, se demorar muito tempo, o presidente ficar� sangrando por mais tempo, o que d� margem para a oposi��o conseguir mais votos contra ele. Para que a den�ncia seja aceita, s�o necess�rios votos de pelo menos 342 deputados.

"Tem que resolver em uma semana", afirmou Mansur. Pelo regimento da C�mara, ap�s a chegada da den�ncia, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deve envi�-la para a Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) em at� duas sess�es.

No colegiado, ser� escolhido um relator. Temer ter� 10 dias para apresentar defesa. A partir da apresenta��o, o relator deve apresentar seu parecer para voto em cinco sess�es. Ap�s ser votada no colegiado, a den�ncia segue para o plen�rio.

Em entrevista na quinta-feira, 8, Maia evitou fazer uma previs�o se eventual den�ncia da PGR ser� aceita pela Casa. Ele disse ainda que, como presidente, ter� papel apenas "burocr�tico" no primeiro momento. "� um processo parecido com o do impedimento (impeachment), com a diferen�a que passa pela CCJ. Ent�o, neste caso espec�fico, se acontecer a den�ncia, o papel da presid�ncia (da C�mara) � um papel apenas, nesse primeiro momento, burocr�tico", disse Maia.

(Igor Gadelha)


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