O presidente Michel Temer voltou a usar v�deos nas redes sociais para refor�ar o discurso de que seu governo n�o vai parar, se defendeu do que chamou de conjunto de den�ncias "montadas", fez cr�ticas indiretas ao Judici�rio e afirmou que n�o permitir� "ilegalidades" de institui��es p�blicas. "N�o vou esmorecer", afirmou.
Segundo Temer, o estado democr�tico de direito "n�o admite que as institui��es p�blicas e seus respons�veis cometam ilegalidades sob quaisquer justificativas". "Na democracia, a arbitrariedade tem nome: chama-se ilegalidade. O caminho que conduz da justi�a aos justiceiros � o mesmo caminho tr�gico que conduz da democracia � ditadura. N�o permitirei que o Brasil trilhe este caminho. N�o vou esmorecer. Seguirei liderando o movimento em favor da aprova��o da agenda de reformas econ�micas", destacou.
Temer � alvo de inqu�rito criminal no Supremo Tribunal Federal (STF) aberto com base na dela��o premiada dos acionistas e executivos do grupo J&F - holding que inclui a JBS. O presidente, investigado pelos crimes de corrup��o passiva, obstru��o de Justi�a e participa��o em organiza��o criminosa, poder� ser denunciado nos pr�ximos dias pelo procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot.
Caso seja acusado formalmente, o Supremo precisar� obter uma autoriza��o da C�mara dos Deputados para abrir ou recusar uma a��o penal.
TSE
No v�deo, Temer n�o cita diretamente o processo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o absolveu na a��o do PSDB contra a chapa Dilma-Temer, mas afirma que "na �ltima semana assistimos � demonstra��o da vitalidade da democracia brasileira, com o funcionamento pleno e livre do Poder Judici�rio". "Essa for�a n�o surge do acaso. Ela � poss�vel em raz�o do mandato conferido pela constitui��o �s institui��es p�blicas", disse.
Segundo o presidente, desde que chegou ao governo, ele tem "insistido que observemos os princ�pios fundamentais de independ�ncia e harmonia impostos pela constitui��o federal".
"Nas democracias modernas, nenhum poder imp�e sua vontade ao outro. O �nico soberano � o povo e n�o um s� dos poderes. E muito menos aqueles que, eventualmente, exer�am o poder", destacou.
Temer afirmou ainda que n�o interfere e nem permite a interfer�ncia indevida de um poder sobre o outro. "Em hip�tese alguma, nenhuma intromiss�o foi ou ser� consentida".
Base aliada
Enquanto aguarda o resultado da reuni�o que vai definir a perman�ncia ou n�o do PSDB na base aliada, o presidente tamb�m usou a mensagem gravada hoje para destacar que conta com o apoio do Legislativo. Como tem feito em seus discursos, Temer disse ainda que a agenda de reformas "� o resultado mais vis�vel do respeito m�tuo e do di�logo constante mantido entre o Poder Executivo e o Congresso Nacional".
"Meu governo tirou do papel reformas necess�rias h� d�cadas sobre temas fundamentais para o crescimento justo e sustent�vel em nosso Pa�s. A presid�ncia que busca ser democr�tica � aquela que conta com o apoio de uma base parlamentar unida em torno de medidas inadi�veis para transformar o presente e o futuro do Brasil", completou.
O presidente destacou ainda que seu "apego � independ�ncia e � harmonia entre os poderes tem resultados expressivos". "As reformas promovidas j� recolocaram nosso Pa�s nos trilhos do crescimento. Essas reformas promovem a moderniza��o das rela��es de trabalho e corrigem um sistema previdenci�rio injusto e desigual, combatendo privil�gios", afirmou.
Apesar de nos bastidores interlocutores reconhecerem que enquanto ainda pairar d�vidas sobre a den�ncia de Janot o Congresso deve ficar em compasso de espera, o presidente disse esperar que "com o apoio do Congresso Nacional, espero obter vit�rias importantes para o Pa�s nas pr�ximas semanas, nos pr�ximos tempos. Tanto na moderniza��o trabalhista, quanto na reforma da Previd�ncia", afirmou.
"Com coragem, penso eu, e determina��o, estou convencido de que alcan�aremos nossos objetivos: retomar o crescimento e o emprego sobre as bases sustent�veis e seguras do conjunto de reformas mais ambiciosas e necess�rias das �ltimas d�cadas. o Brasil n�o pode esperar, o Brasil n�o vai parar", finalizou.