Mesmo com prazo estourado, o presidente do Conselho de �tica do Senado, Jo�o Alberto Souza (PMDB-MA), alega que ainda n�o tomou conhecimento do processo de cassa��o do senador A�cio Neves (PSDB-MG) porque est� de licen�a m�dica. Como presidente do colegiado, cabe a Jo�o Alberto a decis�o de aceitar ou arquivar o processo.
A assessoria do senador informou, por meio de nota, que Jo�o Alberto tirou licen�a m�dica nesta semana e que, em raz�o disso, ainda n�o conhece o processo de pedido de cassa��o de A�cio. Segundo a assessoria, o senador s� receber� o processo em m�os na pr�xima semana.
O pedido de cassa��o de A�cio Neves foi protocolado pela Rede Sustentabilidade e pelo PSOL em 18 de maio, com base na dela��o dos executivos da JBS. Pelo regimento do Senado, o presidente do Conselho de �tica deveria emitir um parecer pela abertura ou arquivamento do processo em at� cinco dias �teis.
Na �poca, Jo�o Alberto alegou que n�o poderia responder sobre o caso porque o Conselho de �tica teria de ser reinstalado, j� que o mandato dos senadores no colegiado estava vencido. O Conselho foi reinstalado em 6 de Junho, quando Jo�o Alberto foi reconduzido � presid�ncia. O prazo para decidir sobre o caso A�cio venceu nesta ter�a-feira, 13.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada em 9 de Junho, Jo�o Alberto afirmou que n�o havia clima entre os senadores para a cassa��o de A�cio. Ele tamb�m informou que buscou outros senadores para se aconselhar sobre o caso e que n�o estava certo se decidiria sobre o pedido de cassa��o monocraticamente ou se levaria a quest�o para vota��o na comiss�o.
Defesa
A defesa do senador A�cio Neves reafirma que o dinheiro foi um empr�stimo oferecido por Joesley Batista com o objetivo de forjar um crime que lhe permitisse obter o benef�cio da impunidade penal.
O empr�stimo n�o envolveu dinheiro p�blico e nenhuma contrapartida por parte do senador, n�o se podendo, portanto, falar em propina ou corrup��o.
O senador tem convic��o de que as investiga��es feitas com seriedade e isen��o demonstrar�o os fatos verdadeiramente ocorridos.