
A defesa do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva ter� de arcar com custos de tradu��o para duas de suas testemunhas que ser�o ouvidas em a��o penal sobre suposto recebimento da Odebrecht no �mbito da Opera��o Lava-Jato. A determina��o � do juiz federal S�rgio Moro. O magistrado autorizou anteontem a vinda de um tradutor para Curitiba desde que a defesa pague por estas despesas.
As duas testemunhas, Jonathan Kellner e Juan Giraldez, fazem parte de um rol de 87 pessoas convocadas pela defesa. O advogado Cristiano Zanin Martins, que representa Lula, havia informado a Moro sobre a “imprescindibilidade” de um profissional “com expertise na tradu��o da l�ngua inglesa para a l�ngua portuguesa e vice-versa” para acompanhar as audi�ncias.
“Em que pese as referidas testemunhas residirem no Brasil, devendo possuir certo conhecimento de nosso idioma, � prudente que seja designado tradutor para acompanhar o ato”, requereu o advogado de Lula.
Moro autorizou o uso de um tradutor. “Sendo prova de interesse da defesa, deve ela providenciar a vinda de tradutor para Curitiba ou para S�o Paulo para realizar a tradu��o e arcar com os custos decorrentes.”
Palestras
A Pol�cia Federal encaminhou para a for�a-tarefa do Minist�rio P�blico Federal o inqu�rito que apura crimes de corrup��o passiva e de lavagem de dinheiro supostamente praticados pelo ex-presidente Lula em sua empresa de palestras, a LILS Palestras, Eventos e Publica��es - aberta em 2011, ap�s o petista deixar o governo.
Essa investiga��o no �mbito da Lava-Jato � uma das que ainda poder�o virar den�ncia criminal, a ser apresentada ao juiz Moro, que conduz a opera��o na primeira inst�ncia.
Em nota, o Instituto Lula negou irregularidades e afirmou que “todas as palestras do ex-presidente foram feitas e pagas com as devidas emiss�es de notas e pagamento de impostos”.
O instituto disse ainda que cobrou o mesmo valor e condi��es para palestras em mais de 40 empresas e setores diversos, e que todas as informa��es sobre as atividades est�o dispon�veis na internet.
Tr�plex
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou ontem pedido de liminar feito pela defesa de Lula da Silva para suspender a a��o penal sobre o triplex no Guaruj�. O petista � acusado de lavagem de dinheiro e corrup��o pela for�a-tarefa da Lava-Jato.