postado em 16/06/2017 16:55 / atualizado em 17/06/2017 11:10
Milhares de manifestantes se reuniram na noite desta sexta-feira para o ato das Diretas J� em Belo Horizonte. A multid�o pediu a sa�da do presidente Michel Temer (PMDB) da Presid�ncia da Rep�blica e elei��es diretas para substitu�-lo. Depois de percorrer vias importantes da regi�o central da cidade, o grupo seguiu para a Pra�a da Esta��o, onde foi realizado um showm�cio, nos moldes dos que j� ocorreram em S�o Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Porto Alegre. Segundo os organizadores, o movimento contou com cerca de 40 mil pessoas nas ruas. A Pol�cia Militar n�o divulgou balan�o oficial.
Ciro Gomes posa para foto com manifestantes durante ato pelas diretas em BH (foto: Juliana Cipriani - EM DA Press)
Por volta de 20h, figuras do meio pol�tico e art�stico se uniram ao protesto. O presidenci�vel Ciro Gomes (PDT) participou do ato no Centro da capital e refor�ou o coro pela sa�da do presidente da Rep�blica. "A probabilidade de esses camaradas ficarem a� e executarem essa cena macabra contra o Brasil � muito grande. A �nica chance de a gente mudar esse quadro � o povo brasileiro – apesar de todas as decep��es, de toda a descren�a, apesar do medo que est� sofrendo – ir para a rua. Se isso acontecer, qualquer milagre a democracia produz", disse em entrevista a jornalistas.
Questionado se ser� candidato � presid�ncia em 2018, Ciro Gomes declarou que essa � uma decis�o a ser tomada pelo partido, mas disse que "o Brasil precisa de um projeto". "Se for minha a tarefa de liderar este grande pa�s no come�o deste projeto, eu vou ter muita honra. Mas n�o � essencial a minha candidatura", disse.
O ex-ministro Jos� Eduardo Cardozo, que fez a defesa da ex-presidente Dilma Rousseff durante o processo de impeachment, tamb�m subiu no palanque. Cardozo defendeu que as elei��es diretas s�o a �nica sa�da para a crise pol�tica e institucional do pa�s. "Democracia � o detergente que pode limpar essa sujeirada", afirmou. Segundo ele, a ex-presidente Dilma est� acompanhando e apoiando a campanha pelas diretas.
Ver galeria . 12 FotosProtesto reuniu milhares nas ruas de Belo Horizonte. Depois de passeata pela regi�o Central, manifestantes se concentraram na Pra�a da Esta��o, onde artistas e pol�ticos pediram elei��es diretas
(foto: Juliana Cipriani/EM/D.A.Press )
Entre os representantes do meio art�stico, estava a cantora Fernanda Takai, vocalista da banda mineira Pato Fu, que tamb�m falou com os manifestantes e declarou seu apoio �s elei��es diretas. "Estou muito feliz de estar aqui com o povo participando. Aqui n�o � fora Temer, � fora trem", disse. O cantor Chico Amaral chamou a popula��o a se somar ao ato pelas diretas. "� importante que n�o s� os m�sicos mas a sociedade inteira participe. Temos que aprofundar a democracia e n�o retroceder", disse.
J� o m�sico Juarez Moreira afirmou que o presidente Temer n�o conseguiu fazer o que se prop�s com o impeachment da presidente Dilma. "(A elei��o direta) � a �nica solu��o poss�vel, porque um Congresso com todos acusados n�o tem credencial para fazer elei��o", argumentou. �rika Machado, Titane, S�rgio Perer� e Afonsinho tamb�m est�o entre os nomes que marcaram presen�a.
O ato teve ainda a participa��o da cantora Aline Calixto e de Maur�cio Tizumba, que fizeram apresenta��es musicais no fim da noite. O protesto chegou ao fim pouco antes das 23h, quando os equipamentos de som foram desligados e os manifestantes deixaram a pra�a.
Mais cedo, o deputado federal Reginaldo Lopes e a estadual Mar�lia Campos, e o l�der do PT na Assembleia, deputado Andr� Quint�o, participaram da concentra��o. Quint�o diz que "nesse grave momento da pol�tica nacional, a hist�ria convoca todos a lutar, independente de partido, em defesa da democracia com diretas j� � pela preserva��o de direitos sociais conquistados".
O ato das Diretas J� em Belo Horizonte se juntou ao 55º Congresso da Uni�o Nacional dos Estudantes (UNE). Al�m da entidade, participam centrais sindicais, pol�ticos e artistas mineiros.
A manifesta��o come�ou com atraso em Belo Horizonte porque o congresso da Une tamb�m era realizado na UFMG.
Entre os que chegaram primeiro estava um grupo de padres do santu�rio S�o Judas Tadeu. "Nosso compromisso com a ora��o e f� exige de n�s um engajamento social. Estamos aqui reunidos por uma mudan�a no sistema que come�a pela sa�da deste presidente", disse o padre Marcus Aur�lio Mareano. O padre Aureo Nogueira de Freitas, reitor do Santu�rio acrescentou que � preciso estar no meio do povo e com o povo. "A igreja precisa ser mais prof�tica nesta situa��o t�o dolorosa em que o Brasil se encontra. O Brasil coloca em risco suas institui��es democr�ticas com situa��es esp�rias", acrescenta. Outro padre do grupo, Marco Ant�nio, lembrou que a CNBB pediu ora��es pelo Brasil e chamou o povo a fazer mais que isso. "tem que ter a��o concreta", pediu.
Representantes da juventude e movimento negro tamb�m ocuparam o carro de som e puxaram gritos de"Salve Lula, salve o grafite, fora Temer", gritaram do carro de som.