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Estado de Minas

Pol�cia Federal v� ind�cios de corrup��o de Temer


postado em 20/06/2017 11:37

Bras�lia, 20 - A Pol�cia Federal aponta ind�cios de crime de corrup��o passiva cometido pelo presidente Michel Temer e por seu ex-assessor e ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) no inqu�rito aberto com base na dela��o do empres�rio Joesley Batista, do Grupo J&F - controlador da JBS. Relat�rio parcial da investiga��o foi encaminhado nessa segunda-feira, 19, ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A PF tamb�m pediu mais cinco dias de prazo para encerrar a apura��o. O inqu�rito que investiga Temer e Rocha Loures n�o foi conclu�do na parte em que s�o apurados crimes de organiza��o criminosa e obstru��o de Justi�a. O laudo final da per�cia nos �udios gravados por Joesley n�o foi totalmente finalizado.

O ministro Edson Fachin, relator do caso e da Opera��o Lava Jato no Supremo, dever� se manifestar hoje sobre a solicita��o da PF de mais prazo para o encerramento do inqu�rito.

A conclus�o ligada ao ind�cio de corrup��o teve como base o laudo referente a duas conversas gravadas entre o executivo Ricardo Saud, da J&F, e Loures. Al�m disso, foi inclu�da an�lise do v�deo em que o ex-deputado � flagrado levando uma mala de R$ 500 mil ao deixar um restaurante em S�o Paulo.

Apesar de tentar indicar outra pessoa para receber os valores - ele sugere o nome de "Edgar" -, o ent�o deputado federal acabou combinando de pegar a mala de propinas em uma pizzaria indicada por ele na capital paulista.

O valor, conforme a dela��o, seria entregue semanalmente pela JBS ao peemedebista, em benef�cio de Temer, como foi informado, nas grava��es, pelo diretor de Rela��es Institucionais da holding. "Eu j� tenho 500 mil. E dessa semana tem mais 500. Ent�o voc� te um milh�o a�. Isso � toda semana. V� com ele (Michel Temer)", disse Saud a Loures em um di�logo gravado.

Rocha Loures � suspeito de exercer influ�ncia sobre o pre�o do g�s fornecido pela Petrobr�s � termoel�trica EPE - o valor da propina, supostamente "em benef�cio de Temer", como relataram executivos da JBS, � correspondente a 5% do lucro que o grupo teria com a manobra.

Per�cia

O �udio gravado por Joesley da conversa com Temer no Pal�cio do Jaburu, no dia 7 de mar�o, possui v�rios trechos inaud�veis. O empres�rio e delator sustenta que Temer deu aval para a compra do sil�ncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do operador financeiro L�cio Funaro para que eles n�o fizessem dela��o premiada.

Caso Fachin aceite o pedido da PF, o prazo dos delegados se encerrar� na no pr�ximo s�bado. Depois disso, o inqu�rito concluso deve seguir para a Procuradoria-geral da Rep�blica que ter� mais cinco dias para decidir se denuncia Temer e Loures ou se arquiva a investiga��o.

A PF disse que n�o comentaria o pedido de dila��o no prazo. Em outras ocasi�es, o Planalto negou qualquer pr�tica il�cita envolvendo Temer.

Processos

Ontem, Temer embarcou para R�ssia e Noruega, onde ficar� at� sexta-feira. Antes de viajar, o presidente ajuizou dois processos contra Joesley. Ele acusa o empres�rio de agir por "�dio" para prejudic�-lo e "se salvar dos seus crimes".

Uma das a��es � por danos morais e outra por difama��o, cal�nia e inj�ria. Ambas s�o assinadas pelo advogado do PMDB, Renato Oliveira Ramos. As peti��es n�o estabelecem um valor para a indeniza��o. Caso ven�a as a��es judiciais, Temer pretende doar os valores da indeniza��o a uma institui��o da caridade.

O presidente tamb�m divulgou um v�deo ontem � tarde nas redes sociais no qual disse que "criminosos n�o ficar�o impunes", como uma forma de resposta �s den�ncias feitas por Joesley. O empres�rio, em entrevista � �poca, afirmou que o presidente liderava a "maior organiza��o criminosa do Pa�s".

Nas a��es protocoladas na Justi�a Federal e na comum, que s�o praticamente id�nticas, a defesa do presidente afirmou que Joesley "passou a mentir escancaradamente e a acusar outras pessoas para se salvar dos seus crimes" e o acusa de ser "o criminoso not�rio de maior sucesso na hist�ria brasileira", uma vez que conseguiu um acordo de dela��o premiada que o permite ficar em liberdade e morar no exterior.

Sem citar os governos do PT, o documento afirmou que � preciso "rememorar os fatos" de que o Grupo J&F, do qual Joesley � acionista, recebeu o primeiro financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) em 2005, "muito antes" de Temer chegar ao Pal�cio do Planalto.

Com Temer fora do Pa�s, os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria-Geral da Presid�ncia, Moreira Franco, ter�o a miss�o de reaglutinar a base aliada no Congresso. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.

(Andreza Matais, Fabio Serapi�o, Breno Pires, com colabora��o de Isadora Peron, T�nia Monteiro e Carla Ara�jo)


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