S�o Paulo, 20 - O deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) se defendeu das acusa��es que Joesley Batista, dono da JBS, fez em entrevista � revista �poca, do fim de semana passado. Em carta redigida de pr�prio punho na cadeia em Curitiba, Cunha citou um encontro entre ele, Joesley e o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, no ano passado, para desmentir o empres�rio. Joesley disse ter encontrado Lula em duas ocasi�es: uma em 2006 e outra em 2013.
Cunha afirmou que, no encontro, p�de "constatar a rela��o entre eles e os constantes encontros que mantinham". Segundo o ex-presidente da C�mara, sua vers�o pode ser comprovada com o testemunho dos agentes de seguran�a da Casa, que o acompanharam, al�m da loca��o de ve�culos em S�o Paulo, que o teriam levado at� l�.
Defesa
Cunha disse ainda que "repudia com veem�ncia as acusa��es" e desafia Joesley a comprov�-las. O empres�rio disse � revista �poca que Cunha respondia ao presidente Michel Temer, que era o chefe do que chamou de "Orcrim", "organiza��o criminosa da C�mara". Temer tamb�m negou as acusa��es.
Al�m disso, o dono da JBS tamb�m afirmou que se tornou "ref�m" de Cunha e do corretor L�cio Funaro - a quem ele deveria supostamente pagar uma "mesada" para n�o correr o risco de delatarem.
Al�m de negar as acusa��es, Cunha aproveitou para criticar o acordo de colabora��o firmado entre Joesley e a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PRG), a que ele chamou de "dela��o bilionariamente premiada".
Benefici�rio
O deputado cassado afirmou que entrou com recurso no STF para a anula��o do acordo. "Hoje fica claro que ele mente para obter benef�cios pelos seus crimes, ficando livre da cadeia, obtendo uma leni�ncia fiada, mas desfrutando dos seus bilion�rios bens � vista", disse.
O peemedebista encerrou a carta enumerando os supostos benef�cios da JBS com o governo, citando especificamente a Medida Provis�ria (MP) do Refis e da Leni�ncia com o Banco Central.