S�o Paulo, 21 - O empres�rio Joesley Batista, da JBS, relatou � Pol�cia Federal, em depoimento na Opera��o Patmos, desdobramento da Lava-Jato, que o presidente Michel Temer (PMDB) tentou incluir o advogado Jos� Yunes "para intermediar um acordo com uma empresa em disputa judicial em andamento contra o Grupo J&F". Segundo o executivo, o neg�cio renderia cerca de R$ 50 milh�es a Yunes.
Joesley dep�s no dia 16 de junho.
Ele citou o advogado Yunes, ap�s elencar � Pol�cia Federal "vantagens" que teria prestado ao presidente. O empres�rio apontou, al�m da intermedia��o de Yunes, o empr�stimo de seu avi�o para Temer "levar a fam�lia em uma viagem de f�rias para a ilha de Comandatuba, na Bahia".
Yunes foi assessor especial de Temer na Presid�ncia. Caiu do cargo quando foi citado na dela��o do ex-diretor de Rela��es Institucionais da Odebrecht, Cl�udio Melo Filho, em dezembro do ano passado. Segundo o executivo da empreiteira, Yunes teria recebido dinheiro vivo supostamente destinados a Temer pela Odebrecht, em 2014.
O advogado nega ter operado dinheiro de campanha para o PMDB. Jos� Yunes afirma que recebeu um pacote do doleiro L�cio Funaro, a pedido do hoje ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, um m�s antes da elei��o presidencial de 2014 que reelegeu a chapa Dilma Rousseff e Michel Temer, mas alegou que n�o viu o conte�do.
Defesa
O criminalista Ant�nio Cl�udio Mariz de Oliveira, advogado de Michel Temer, afirmou: "N�o vamos responder, pois na verdade um relat�rio sobre investiga��es deveria ser apenas um relato das mesmas investiga��es e n�o uma pe�a acusat�ria. Autoridade policial n�o acusa, investiga."
A reportagem contatou o advogado Jos� Yunes, mas n�o obteve retorno.
(Julia Affonso, Valmar Hupsel Filho e F�bio Serapi�o)