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Estado de Minas

PF: filha de delator da Lava-Jato pagou R$ 260 mil a empresa de filhos de Yunes


postado em 14/03/2017 12:49 / atualizado em 14/03/2017 12:59

S�o Paulo, 14 - A filha do engenheiro Shinko Nakandakari, delator da Opera��o Lava-Jato, disse que pagou R$ 260 mil � empresa Yuny Projetos Imob, controlada pelos filhos do ex-assessor especial do presidente Michel Temer e advogado Jos� Yunes. O pagamento de Juliana Nakandakari para a empresa de Marcos e Marcelo Mariz de Oliveira Yunes consta de laudo de per�cia criminal, da Pol�cia Federal. Shinko Nakandakari � apontado pelos investigadores como operador de propina da empreiteira Galv�o Engenharia.

"As principais entradas foram oriundas da Galv�o Engenharia da Contreras Com�rcio de Materiais, totalizando aproximadamente RS 1,98 milh�o. As principais sa�das identificadas deram-se para contas de Shinko Nakandakari (RS 924 mil), Yuny Projetos Imob (R$ 260 mil) e saques em esp�cie (RS 225 mil)", apontou a Federal baseada em declara��es de Juliana, sem informar em que ano se deu a transfer�ncia.

Amigo de Temer h� 50 anos, Jos� Yunes foi citado na dela��o premiada do ex-vice-presidente de Rela��es Institucionais da Odebrecht, Cl�udio Melo Filho. Segundo o executivo, o escrit�rio de Yunes em S�o Paulo era um dos lugares usados para entrega de dinheiro destinado �s campanhas do PMDB.

Yunes disse ter intermediado o recebimento e entrega de "um envelope" para o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, em 2014. O ex-assessor relatou ter recebido o doleiro L�cio Funaro, apontado por investigadores da Lava-Jato como operador de propinas do ex-presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ).

Funaro foi preso em junho de 2016 na Opera��o S�psis, da Pol�cia Federal. Eduardo Cunha est� preso desde o dia 19 de outubro do ano passado.

O documento da PF sobre as contas da fam�lia Nakandakari foi elaborado em 22 de dezembro de 2016 e anexado aos autos da Lava-Jato em 27 de janeiro deste ano. Foram analisadas as contas banc�rias de Juliana Nakandakari, seu irm�o Luis Fernando Nakandakari, seu pai Shinko e de Lia Maura Tiemi Sendai Nakandakari.

Nas contas de Luis Fernando Nakandakari, a PF identificou que "a principal origem dos recursos do investigado foram resgates de aplica��es financeiras existentes antes do in�cio do per�odo do afastamento do sigilo banc�rio (l�quido de R$ 4,6 milh�es)". A principal sa�da foi destinada ao pai, RS 2,3 milh�es.

Os objetivos doa laudo eram "relacionar as contas banc�rias existentes para cada investigado", "relacionar d�bitos e cr�ditos das contas", "relacionar os principais destinos origens do numer�rio que transitou pelas contas dos investigados", "identificar eventuais dep�sitos feitos pelas empresas Galv�o Engenharia, Cons�rcio Rnest, EIT- Empresa Industrial T�cnica, Engevix Engenharia e Contreras Empreendimentos e Constru��es LTDA".

A PF relacionou os d�bitos e cr�ditos nas contas da fam�lia. Entre 2013 e 2015, Juliana Nakandakari teve R$ 9.983.210,72 em cr�ditos e R$ 9.983.665,05 em d�bitos. No mesmo per�odo, Luiz Fernando Nakandakari teve R$ 10.609.085,01 em cr�ditos e R$ 10.599.221,38 em d�bitos. Entre 2003 e 2014, Shinko Nakandakari fez 2498 opera��es: R$ 9,881.654,35 em cr�dito e R$ 9.882.549,40 em d�bito.

Al�m de ter sido apontado como operador de propina em nome da empreiteira Galv�o Engenharia - uma das 16 empreiteiras do cartel -, Nakandakari trabalhou por 16 anos na construtora Norberto Odebrecht. Shinko foi gerente na empresa entre 1976 e 1992.

Defesas

o advogado Rog�rio Taffarello, que defende a fam�lia Nakandakari, informou que o pagamento em quest�o se refere � compra de um apartamento. A assessoria de imprensa da Yuny Incorporadora n�o retornou o contato feito pela reportagem.


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