Base aliada teria 60% de fundo eleitoral

Bras�lia, 25/06/2017, 25 - A proposta apresentada pelo l�der do governo no Senado, Romero Juc� (PMDB-RR), de criar um fundo eleitoral com dinheiro p�blico para financiar as campanhas de 2018 vai reservar mais de 60% da verba para os partidos que atualmente integram a base aliada do presidente Michel Temer.

Dos R$ 3,5 bilh�es previstos para custear candidaturas, R$ 2,15 bilh�es ficariam com as nove legendas que hoje t�m assento na Esplanada dos Minist�rios. O dinheiro viria de recurso previsto no Or�amento, 10% de emendas parlamentares em ano eleitoral e da redu��o de gastos com programas partid�rios, que seriam suspensos no primeiro semestre do ano da disputa.

Com o valor seria poss�vel, por exemplo, construir quase 12 quil�metros de linhas de metr�, 17,5 mil casas populares ou pagar um m�s e meio do Bolsa Fam�lia. Segundo Juc�, o montante ainda poder� ser corrigido a cada elei��o com base na infla��o.

A cria��o de um fundo eleitoral abastecido com dinheiro p�blico est� sendo articulada por dirigentes partid�rios como alternativa � proibi��o do financiamento empresarial das campanhas. Pelas regras atuais, apenas pessoas f�sicas podem doar a candidatos e partidos. A ideia � que a proposta de Juc� seja incorporada na proposta de emenda � Constitui��o do senador afastado A�cio Neves (PSDB-MG) que trata da reforma pol�tica. O texto, j� aprovado no Senado, est� em discuss�o na C�mara.

De acordo com a f�rmula apresentada para dividir os R$ 3,5 bilh�es do novo fundo, 70% seriam partilhados de acordo com a bancada de cada partido na C�mara, 25% considerando as bancadas no Senado e 5% igualmente entre todos os partidos, que hoje s�o 35. Diferentemente da divis�o do Fundo Partid�rio, a regra considera a bancada no fim do ano anterior ao pleito e, para 2018, a bancada na data da promulga��o de lei.

O acordo por um novo fundo ganhou f�lego ap�s reuni�o na quinta-feira entre Juc� e presidentes de outros partidos, entre eles o ministro das Comunica��es, Gilberto Kassab, presidente licenciado do PSD, Tasso Jereissati (CE), presidente interino do PSDB, e Jos� Agripino Maia (RN), presidente do DEM.

As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.

(Thiago Faria)