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Estado de Minas

Declara��es de Palocci sobre colabora��o soaram como 'amea�a', diz Moro


postado em 26/06/2017 11:19 / atualizado em 26/06/2017 11:38

O juiz S�rgio Moro afirmou que as declara��es do ex-ministro Antonio Palocci de que ele "teria muito a contribuir" com as investiga��es "soaram mais como uma amea�a", do que "propriamente como uma declara��o sincera de que pretendia naquele momento colaborar com a Justi�a".

Moro condenou nesta segunda-feira, 26, Palocci a 12 anos, 2 meses e 20 dias pelos crimes de corrup��o passiva e lavagem de dinheiro na Lava Jato.

"O condenado � um homem poderoso e com conex�es com pessoas igualmente poderosas e pode influir, solto, indevidamente contra o regular termo da a��o penal e a sua devida responsabiliza��o", escreveu o juiz.

"Ali�s, suas declara��es em audi�ncia, de que seria inocente, mas que teria muito a contribuir com a Opera��o Lava Jato, s� n�o o fazendo no momento pela 'sensibilidade da informa��o', soaram mais como uma amea�a para que terceiros o auxiliem indevidamente para a revoga��o da preventiva, do que propriamente como uma declara��o sincera de que pretendia naquele momento colaborar com a Justi�a."

Palocci est� preso em Curitiba desde setembro de 2016, quando foi alvo da 35ª fase da Lava Jato, a Opera��o Omert�. � a primeira condena��o do petista no esc�ndalo Petrobras.

Interrogado no dia 20 de abril, Palocci disse que estava disposto a colaborar. "Fico � sua disposi��o hoje e em outros momentos, porque todos os nomes e situa��es que eu optei por n�o falar aqui, por sensibilidade da informa��o, est�o � sua disposi��o o dia que o sr. quiser. Se o sr. estiver com a agenda muito ocupada, a pessoa que o sr. determinar, eu imediatamente apresento todos esses fatos com nomes, endere�os, opera��es realizadas e coisas que v�o ser certamente do interesse da Lava Jato."

O ex-ministro, que contratou um escrit�rio de advocacia de Curitiba que faz acordos de dela��o, tem buscado o Minist�rio P�blico Federal para negociar um acordo - ainda sem sucesso.

"Ant�nio Palocci Filho dever� responder preso cautelarmente eventual fase recursal", decidiu Moro. "A pr�tica serial de crimes graves, com afeta��o da integridade de pleitos eleitorais no Brasil e no estrangeiro, coloca em risco a ordem p�blica e constitui elemento suficiente para justificar a manuten��o da preventiva."

Processo

A a��o apontou pagamentos de USD 10.219.691,08 em propinas, referentes a contratos firmados pelo Estaleiro Enseada do Paragua�u - de propriedade da Odebrecht - com a Petrobr�s, por interm�dio da Sete Brasil.

"Al�m disso, o crime insere-se em um contexto mais amplo, revelado nestes mesmos autos, de uma conta corrente geral de propinas com acertos de at� R$ 200 milh�es", escreveu Moro, em sua senten�a.

Os pagamentos teriam sido efetuados pelo Setor de Opera��es Estruturadas das Odebrecht, no qual Palocci era identificado como "Italiano". Os pagamentos est�o registrados em planilha apreendida no Grupo Odebrecht de t�tulo "Posi��o Programa Especial Italiano".

Os delatores da Odebrecht confessaram que Palocci era "Italiano", e que era respons�vel pelo "caixa geral" de acertos de propinas entre o grupo e o PT.

Os pagamentos, que totalizaram US$ 10 milh�es, foram feitos sob supervis�o de Paloccim, entre 2012 e 2013, para Jo�o Santana. "Tais pagamentos encontrariam correspond�ncia em lan�amento na planilha que retrataria o "caixa geral" da propina a t�tulo de "Feira (pgto fora=US10MM)", sendo "Feira" o codinome atribu�do pelo Grupo Odebrecht ao casal de publicit�rios", destaca Moro, na senten�a.

Foram condenados ainda os marqueteiros do PT Jo�o Santana e Monica Moura, o ex-tesoureiro petista Jo�o Vaccari Neto, o ex-diretor da Petrobras Renato de Souza Duque, os ex-executivos da Sete Brasil Jo�o Carlos Ferraz e Eduardo Vaz Musa, o empres�rio Marcelo Bahia Odebrecht, e Hilberto Silva Mascarenhas, Fernando Migliaccio, Luiz Eduardo Soares, Marcelo Rodrigues e Ol�vio Rodrigues.


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