S�o Paulo, 26 - O presidente da C�mara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira, 26, que espera que a reforma trabalhista seja votada na semana que vem no Senado e fez um apelo para que o Congresso volte a discutir a reforma da Previd�ncia.
"Mais do que um belo discurso, precisamos voltar a falar a verdade para a sociedade: sem reforma da Previd�ncia, sem reforma trabalhista, sem reforma tribut�ria, n�o haver� condi��es de que o Brasil volte a crescer e gerar emprego para nossos milh�es de desempregados", disse o parlamentar, durante evento na Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp).
O deputado tamb�m defendeu a realiza��o de uma reforma pol�tica, embora tenha dito que, no momento, "parece verdade" a afirma��o dos pol�ticos mais experientes que dizem que nunca o Brasil conseguir� fazer uma reforma pol�tica. "Mas a crise � t�o profunda que espero que consigamos construir cen�rio de reforma para daqui a duas ou tr�s elei��es", disse.
Para a elei��o de 2018, ele defendeu a cria��o de um novo modelo de financiamento. A previs�o � que algumas novas regras eleitorais sejam aprovadas at� setembro, prazo limite para que as altera��es sejam v�lidas para a disputa do ano que vem. Ele se refere � Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do senador Ricardo Ferra�o (PSDB), que foi aprovada no Senado e prop�e cl�usula de barreira para partidos pol�ticos e o fim das coliga��es proporcionais.
Sobre alguns outros pontos espec�ficos em discuss�o para a reforma pol�tica, Maia afirmou que quer avan�ar na diminui��o do n�mero de partidos pol�ticos, fim da reelei��o e o voto em lista fechada. Esta �ltima, no entanto, ele considera dif�cil de ser aprovada no momento, porque � uma medida que foi "demonizada". "Talvez o voto distrital misto seja um caminho", disse, citando um estudo do senador Jos� Serra (PSDB-SP) para um projeto de lei nessa dire��o.
Segundo Maia, a reforma pol�tica tem 100% de apoio entre os pol�ticos, mas 100% de diverg�ncia sobre qual deveria ser o modelo adotado. "Podemos aproveitar a oportunidade para fazer a reforma pol�tica", defendeu.
(Andr� �talo Rocha e Daniel Weterman)