
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, disse nesta segunda-feira que n�o se considera impedido ou constrangido de relatar um dos inqu�ritos que investigam o senador afastado A�cio Neves (PSDB-MG). O ministro respondeu rapidamente �s perguntas de jornalistas ap�s fazer uma palestra em um evento no Instituto Fernando Henrique Cardoso.
Mendes foi gravado em uma liga��o telef�nica feita pela Pol�cia Federal em que A�cio pede que o ministro interceda no Senado para facilitar a aprova��o de um projeto de lei. O conte�do da conversa foi divulgado por ve�culos da imprensa. O caso motivou um pedido, por parte de juristas, de impeachment de Gilmar Mendes.
A�cio responde no STF a dois inqu�ritos abertos a partir das dela��es premiadas dos executivos do Grupo JBS. Um dele trata do crime de lavagem de dinheiro e o outro de corrup��o e obstru��o da Justi�a.
Em maio, o senador foi afastado das fun��es legislativas, a pedido da Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR). Na �ltima semana, o STF adiou o julgamento sobre a pris�o de A�cio e determinou a soltura da irm� e do primo do senador afastado, investigados na mesma opera��o.
Poderes
Durante sua palestra, Mendes tamb�m criticou o que chamou de “distor��es” causadas pela autonomia do Minist�rio P�blico em rela��o aos outros Poderes. “Os funcion�rios do Rio de Janeiro n�o est�o recebendo sal�rio, exceto os dos Poderes fortes: Judici�rio, Minist�rio P�blico e Legislativo. N�s fizemos uma modelagem com o prop�sito de chegar a autonomia administrativa e financeira, mas isso n�o era soberania”, disse.
Os sal�rios dos servidores ativos e inativos est�o sendo depoistados com atraso, mas uma liminar tinha garantido prefer�ncia a algumas categorias para receber as remunera��es devidas. Na �ltima segunda-feira (19), a Secretaria de Estado de Fazenda do Rio de Janeiro depositou R$ 50 milh�es referentes ao sal�rio de abril para os servidores p�blicos que ainda n�o tinham recebido seus vencimentos.
Com Ag�ncia Brasil