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Estado de Minas

Perito de Temer critica PF e contesta laudo sobre conversa entre Temer e Joesley


postado em 27/06/2017 20:55

Bras�lia, 27 - Depois de ser desmentido pelos peritos criminais do Instituto Nacional de Criminal�stica (INC), que conclu�ram que n�o houve nenhuma edi��o na grava��o da conversa entre o presidente Michel Temer e o empres�rio da JBS Joesley Batista, o perito Ricardo Molina, contratado pela defesa de Temer, partiu para o contra-ataque.

Molina convocou uma coletiva de imprensa em um hotel em Bras�lia, na tarde desta ter�a-feira, 27, para desqualificar o trabalho da Pol�cia Federal (PF) e reafirmar que o �udio "continua a ser imprest�vel".

Segundo Molina, o laudo da PF � "cheio de evasivas, nunca � conclusivo, nem categ�rico". "Essa grava��o transpira irregularidade", declarou o perito, afirmando que 6 minutos e 18 segundos da grava��o, equivalente a 23% da conversa, foi suprimido. "Em nenhum momento a PF provou que a grava��o � aut�ntica", disse.

O resultado da per�cia da Pol�cia Federal, no entanto, � claro em afirmar que a an�lise "afastou a ocorr�ncia de qualquer forma de adultera��o, atestando, assim, a legitimidade plena da prova para a instru��o criminal".

O �udio faz parte das provas referidas pela Pol�cia Federal para afirmar, no relat�rio final entregue ao Supremo nesta segunda-feira, 26, que houve o cometimento do crime de obstru��o de investiga��o de organiza��o criminosa por parte de Temer, do ex-ministro Geddel Vieira Lima e do empres�rio e delator do grupo J&F Joesley Batista.

Os delegados da PF respons�veis pelo inqu�rito que apura a poss�vel pr�tica dos crimes de organiza��o criminosa, obstru��o da Justi�a e corrup��o passiva por Temer afirmam que, a partir de agora, o �udio passa a "servir como elemento de convic��o ao presente inqu�rito".

A an�lise dos peritos sobre a grava��o realizada no dia 7 de mar�o, em um encontro fora da agenda oficial no Pal�cio do Jaburu, considerou quatro tipos de an�lise: "perceptual e contextual", "formato e estrutura de �udio", "quantitativas" e do "equipamento gravador". Na an�lise chamada perceptual, a per�cia apontou para 294 descontinuidades no �udio cujo formato � "wave", mas concluiu que n�o se trata de altera��es feitas por edi��o de algu�m, mas de interfer�ncias t�cnicas do pr�prio aparelho utilizado.

Apesar de contestar a integridade da grava��o, o presidente Temer e sua defesa n�o apontaram, at� hoje, que trechos de sua conversa com Joesley teriam sido editados, de forma que desse a entender algo diferente do que se ouve na grava��o.

No dia 22 de maio, Molina havia afirmado que, ap�s an�lise do �udio, n�o tinha d�vidas de que o conte�do da grava��o era "imprest�vel" e que a Pol�cia Federal identificaria falhas t�cnicas no material e uma s�rie de pontos de edi��o. Molina disse que havia identificado "ao menos seis pontos de poss�vel edi��o" e que n�o era poss�vel afirmar que havia uma sequ�ncia l�gica na conversa.

Naquela ocasi�o, o perito de Temer disse que as "falhas s�o mais que suficientes para jogar a grava��o no lixo" e que o �udio continha pontos que s�o "sonhos de consumo de um fraudador", al�m de "muitas evidentes descontinuidades que n�o t�m explica��o".

Molina reclamou que 12 perguntas (quesitos) t�cnicas sobre o �udio n�o foram respondidas e que houve um "atropelo de fases" pela Pol�cia Federal, mas apenas um grupo inicial de 15 questionamentos. "Meus quesitos s�o t�cnicos. Por que n�o foram respondidos? Porque n�o est�o situados na zona de conforto. Essa prova era, � e continuar� a ser imprest�vel sempre, a n�o ser para fins pol�ticos."

O perito poder� requerer, por meio da defesa de Temer, que as perguntas enviadas � PF sejam respondidas.

(Andr� Borges)


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