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Estado de Minas

Temer tem chances de completar seu mandato, mas segue vulner�vel, diz Economist

A reportagem lembra que, mesmo antes das acusa��es, o governo Temer registrou a menor popularidade da hist�ria, com apenas 7% de aprova��o


postado em 30/06/2017 08:31 / atualizado em 30/06/2017 08:48

(foto: Evaristo Sá/AFP)
(foto: Evaristo S�/AFP)

Londres - A revista brit�nica The Economist avaliou que o presidente do Brasil, Michel Temer, conta com boas chances de completar o seu curto mandato. Na edi��o que chega �s bancas e aos assinantes neste s�bado (1), o ve�culo destaca, no entanto, que ele segue vulner�vel no cargo por causa de acusa��es de corrup��o.

Para a publica��o, desde maio, quando uma grava��o de Temer, parecendo discutir o pagamento de subornos, havia a expectativa de que os promotores do pa�s atuassem. Ent�o, em 26 de junho, o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, fez a primeira acusa��o desse tipo contra um presidente no cargo.

Janot, explica o seman�rio, baseia suas acusa��es no �udio e no testemunho de Joesley Batista, o empres�rio bilion�rio que a gravou secretamente. Isso resultou em uma opera��o em que o ex-assessor do presidente, Rodrigo Loures, foi filmado recebendo R$ 500 mil por, supostamente, ter intercedido na ag�ncia antitruste em nome de sua empresa. Janot suspeita que o dinheiro, mais outros R$ 38 milh�es prometidos por Batista, foi, de fato, destinado a Temer. O presidente se diz inocente e ressalta que seu relacionamento com Loures � tudo o que o liga ao pagamento.

A reportagem lembra que, mesmo antes das acusa��es, o governo Temer registrou a menor popularidade da hist�ria, com apenas 7% de aprova��o. Em junho, ele se manteve no cargo quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu liber�-lo e tamb�m a Dilma Rousseff, de quem era vice-presidente antes do impeachment no ano passado, de acusa��es de financiamento de campanhas il�citas em 2014. Mas, segundo a The Economist, ele mant�m apoio onde importa mais: no Congresso. Para que o caso de Janot prossiga, � necess�ria a aprova��o por dois ter�os dos deputados na C�mara. Temer, de acordo com a revista, parece ter apoio suficiente para tornar isso improv�vel.

Os deputados parecem ter decidido, de acordo com o ve�culo, que duas coisas s�o necess�rias para dar-lhes uma chance de reelei��o em 2018: uma retomada econ�mica e uma conten��o da vasta investiga��o de corrup��o chamada Lava Jato. "Em nenhum dos pontos, a remo��o de Temer os serviria bem", avaliou o seman�rio. Na primeira, o presidente tem conseguido reduzir a infla��o e obteve um retorno ao crescimento no primeiro trimestre do ano, bem como sinais de que suas reformas pr�-mercado est�o dando frutos. A reforma trabalhista mais flex�vel parece estar em progresso, conforme a publica��o.

Quanto � Lava-Jato, a revista cita que pol�ticos de todos os lados est�o sob suspeita, ent�o a maioria concorda com a conveni�ncia de enfraquec�-la. Em 28 de junho, Temer anunciou que Raquel Dodge substituiria Janot quando seu mandato terminar em setembro. Eles esperam que ela tenha uma abordagem menos enf�tica. Entre os insatisfeitos est� Dilma, do Partido dos Trabalhadores (PT), de esquerda, que considera sua substitui��o um "golpe". A reportagem salienta tamb�m que, a qualquer momento, o Superior Tribunal Federal (STF) pode se pronunciar contra o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, ainda o pol�tico mais popular do Brasil, que tem meia d�zia de casos pendentes contra ele por corrup��o e lavagem de dinheiro.

"Tudo isso significa que o Sr. Temer tem um bom espa�o para completar os �ltimos 18 meses de seu mandato. Mas ele continua vulner�vel", considerou a The Economist. Por exemplo: o Congresso pode procurar suavizar uma revis�o impopular das pens�es p�blicas, que reduzem o or�amento. Pode pedir mais em troca de apoio. E Janot, continua a publica��o, dever� apresentar uma s�rie de outras acusa��es contra o presidente - por aceitar outros subornos, bem como a obstru��o da justi�a. V�rios de seus colegas j� est�o na pris�o, como Loures, ou podem estar em breve.

"Os brasileiros, que marcharam em milh�es para exigir o impeachment de Dilma, est�o cansados de protestar. Mas outras revela��es surpreendentes poderiam leva-los de volta �s ruas."


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