Nove pessoas foram presas entre o domingo e esta segunda-feira. 3. Ainda h� dois foragidos. S�o investigados os crimes de organiza��o criminosa, lavagem de dinheiro, corrup��o ativa e passiva e crime contra o sistema financeiro.
"Era um esquema t�o arraigado e t�o forte que permaneceu mesmo ap�s o final do segundo mandato do governador", disse o procurador regional da Rep�blica, Jos� Augusto Vagos.
"Sempre que havia reajuste das passagens, cada membro da organiza��o criminosa recebia um 'pr�mio'. � um dos esquemas criminosos mais antigos do Estado do Rio e um dos mais mal�ficos, porque prejudica a popula��o de baixa renda, que paga tarifas caras", esclareceu o procurador da Rep�blica Eduardo El Hage. N�o � poss�vel afirmar que o esquema alcan�a integrantes da gest�o Pez�o, ressalvou.
Segundo El Hage, a aus�ncia de licita��o no setor do transporte rodovi�rio intermunicipal, o que beneficia sempre as mesmas empresas, � outro benef�cio conseguido pelos empres�rios por meio de pagamento de propina. Ele disse tamb�m que Cabral continuou recebendo seus "b�nus" mesmo depois de sair do governo porque mantinha forte influ�ncia pol�tica no Estado.
O setor dos transportes � o terceiro em que s�o descobertos tent�culos do esquema criminoso no governo estadual liderado por Cabral. Primeiro foram encontradas irregularidades na �rea de obras, depois, na sa�de. Em todas as investiga��es, o ex-governador � apontado como o cabe�a da organiza��o, e assessores, como seus operadores financeiros.
(Roberta Pennafort)