Rio, 03 - As investiga��es do Minist�rio P�blico Federal que levaram � deflagra��o da Opera��o Ponto Final, nesta segunda-feira, 3, pela Pol�cia Federal, revelaram que o ex-governador do Rio Sergio Cabral (PMDB) recebeu R$ 122,8 milh�es em propinas de empresas de �nibus entre os anos de 2010 de 2016 - ele deixou o cargo, em favor de seu vice, Luiz Fernando Pez�o (PMDB), em 2014.
O esquema alcan�aria mais de R$ 260 milh�es, pagos a pol�ticos e agentes p�blicos. Tr�s pessoas foram presas entre ontem e hoje: o empres�rio Jacob Barata, considerado "o rei do �nibus do Rio", o presidente da Federa��o das Empresas de Transportes do Estado, L�lis Teixeira, e o ex-presidente do Departamento de Transportes Rodovi�rios, que fiscaliza o setor, Rog�rio Onofre. Segundo o MPF, "os pagamentos de propinas foram feitos nos moldes dos realizados pelas empreiteiras, s� que dessa vez no setor de transporte p�blico com o objetivo de garantir tarifas e contratos com o Governo do Estado do Rio".
Rog�rio Onofre, enquanto presidente do Detro, recebeu R$ 44 milh�es em propinas pagas pelas empresas de �nibus, diz o MPF. Os valores eram recolhidos nas empresas de �nibus. "Para o MPF, o esquema de corrup��o encontra-se organizado a partir de quatro n�cleos b�sicos: n�cleo econ�mico, formado pelos executivos das empresas organizadas em cartel; o n�cleo administrativo, composto por gestores p�blicos do governo do Estado, os quais solicitaram/receberam propinas; n�cleo operacional cuja principal fun��o era promover a lavagem de dinheiro desviado; n�cleo pol�tico, integrado pelo l�der da organiza��o Sergio Cabral", diz nota do MPF. A opera��o Ponto Final decorre das investiga��es das Opera��es Calicute e Efici�ncia.
A PF se baseou em dela��es premiadas do doleiro �lvaro Novis e do ex-presidente do Tribunal de Contas do Rio Jonas Lopes, alvos de opera��es anteriores da PF. A opera��o foi uma parceria entre a PF e o Minist�rio P�blico Federal. Oitenta agentes est�o participando. Segundo a Pol�cia Federal, foram expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio nove mandados de pris�o preventiva, tr�s de pris�o tempor�ria e 30 mandados de busca e apreens�o.
Barata foi preso no aeroporto internacional Tom Jobim, prestes a embarcar para Lisboa. Ele divulgou nota, atrav�s de sua assessoria de imprensa, informando que tem neg�cios na cidade, e que ia para l� regularmente. A PF j� estava com sua pris�o na mira, e a antecipou quando soube da viagem.
A Fetranspor re�ne 10 sindicatos de empresas de �nibus que atuam no Estado. O Detro � respons�vel pela fiscaliza��o dos transportes intermunicipais no Estado.
(Roberta Pennafort)
O esquema alcan�aria mais de R$ 260 milh�es, pagos a pol�ticos e agentes p�blicos. Tr�s pessoas foram presas entre ontem e hoje: o empres�rio Jacob Barata, considerado "o rei do �nibus do Rio", o presidente da Federa��o das Empresas de Transportes do Estado, L�lis Teixeira, e o ex-presidente do Departamento de Transportes Rodovi�rios, que fiscaliza o setor, Rog�rio Onofre. Segundo o MPF, "os pagamentos de propinas foram feitos nos moldes dos realizados pelas empreiteiras, s� que dessa vez no setor de transporte p�blico com o objetivo de garantir tarifas e contratos com o Governo do Estado do Rio".
Rog�rio Onofre, enquanto presidente do Detro, recebeu R$ 44 milh�es em propinas pagas pelas empresas de �nibus, diz o MPF. Os valores eram recolhidos nas empresas de �nibus. "Para o MPF, o esquema de corrup��o encontra-se organizado a partir de quatro n�cleos b�sicos: n�cleo econ�mico, formado pelos executivos das empresas organizadas em cartel; o n�cleo administrativo, composto por gestores p�blicos do governo do Estado, os quais solicitaram/receberam propinas; n�cleo operacional cuja principal fun��o era promover a lavagem de dinheiro desviado; n�cleo pol�tico, integrado pelo l�der da organiza��o Sergio Cabral", diz nota do MPF. A opera��o Ponto Final decorre das investiga��es das Opera��es Calicute e Efici�ncia.
A PF se baseou em dela��es premiadas do doleiro �lvaro Novis e do ex-presidente do Tribunal de Contas do Rio Jonas Lopes, alvos de opera��es anteriores da PF. A opera��o foi uma parceria entre a PF e o Minist�rio P�blico Federal. Oitenta agentes est�o participando. Segundo a Pol�cia Federal, foram expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio nove mandados de pris�o preventiva, tr�s de pris�o tempor�ria e 30 mandados de busca e apreens�o.
Barata foi preso no aeroporto internacional Tom Jobim, prestes a embarcar para Lisboa. Ele divulgou nota, atrav�s de sua assessoria de imprensa, informando que tem neg�cios na cidade, e que ia para l� regularmente. A PF j� estava com sua pris�o na mira, e a antecipou quando soube da viagem.
A Fetranspor re�ne 10 sindicatos de empresas de �nibus que atuam no Estado. O Detro � respons�vel pela fiscaliza��o dos transportes intermunicipais no Estado.
(Roberta Pennafort)