S�o Paulo, 04 - O Minist�rio P�blico Federal sustenta que o ex-ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria do Governo Temer) � um "criminoso em s�rie". Preso nesta segunda-feira, 3, por supostamente tramar contra a Opera��o Lava Jato, o aliado do presidente foi transferido nesta ter�a-feira, 4, para a Papuda, famoso complexo penitenci�rio de Bras�lia.
A pris�o de Geddel foi decretada pelo juiz Vallisney Oliveira, da 10.� Vara Federal de Bras�lia. O ex-ministro foi capturado em Salvador.
Para o Minist�rio P�blico Federal, Geddel � personagem de um "quadro perturbador de corrup��o sist�mica". A Procuradoria considera que a pris�o de Geddel � "necess�ria para interromper a continuidade delitiva".
Liga��es de Geddel para o celular da mulher do doleiro L�cio Funaro - preso na Papuda desde julho de 2016 - refor�aram as suspeitas dos investigadores contra o ex-ministro de Temer. "Cara�nho", como Geddel � chamado, estaria interessado em saber de Raquel Funaro se o marido dela est� mesmo disposto a fazer dela��o premiada.
Segundo a Procuradoria, "o aprofundamento dos ind�cios descobertos com a an�lise do conte�do armazenado no aparelho telef�nico apreendido permitiu aos investigadores constatarem intensa e efetiva participa��o de Geddel Vieira Lima no esquema criminoso".
Al�m da pris�o preventiva, a Justi�a acatou os pedidos de quebra de sigilos fiscal, postal, banc�rio e telem�tico do ex-ministro. O ex-ministro nega envolvimento em crimes.
Defesa
Sua defesa alega que a pris�o de Geddel � desnecess�ria. Em nota, o advogado Gamil F�ppel, defensor de Geddel, afirmou: "Diante dos fr�geis documentos que alegadamente serviram de embasamento para decreta��o da pris�o preventiva, a defesa t�cnica do senhor Geddel Vieira Lima vem reiterar a desnecessidade da gravosa medida cautelar.
Com efeito, a representa��o formulada pela autoridade policial se limitou a exerc�cio de infundadas conjecturas, sem elementos concretos que pudessem lastrear as suas suposi��es, o que apenas evidencia a fragorosa falta dos pressupostos e requisitos autorizadores da pris�o preventiva.
Salienta-se, inclusive, que n�o foi produzido absolutamente nenhum elemento de prova novo, no bojo da denominada 'Opera��o Cui Bono', ap�s os quase sete meses desde a sua deflagra��o.
Nesse sentido, o senhor Geddel Vieira Lima impugnar� a decis�o atrav�s das inst�ncias ordin�rias, com a serenidade daqueles que clamam pela Justi�a."
(F�bio Serapi�o, Julia Affonso e Luiz Vassallo)