Bras�lia, 05 - A Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) pediu a abertura de um inqu�rito no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar o senador Jos� Serra (PSDB-SP) sob a suspeita de que ele teria recebido doa��o n�o contabilizada na campanha eleitoral � Presid�ncia da Rep�blica em 2010.
Com base em depoimentos do delator Joesley Batista - dono do Grupo J&F, que controla a empresa JBS -, a PGR suspeita que Serra possa ter cometido o crime de caixa 2 eleitoral, pr�tica que prev� at� 5 anos de pris�o.
Joesley contou em depoimento que Serra teria lhe procurado, na sede do grupo empresarial JBS, em S�o Paulo, para pedir financiamento para a disputa eleitoral presidencial de 2010. O delator disse que passou R$ 7 milh�es n�o contabilizados, e outros R$ 13 milh�es oficialmente declarados - totalizando R$ 20 milh�es para a campanha presidencial.
De acordo com o delator, o repasse n�o contabilizado ocorreu por meio de "emiss�o de nota fiscal, pela LRC Eventos e Promo��es, no valor de R$ 6 milh�es, para simular a aquisi��o de um camarote de um aut�dromo de F�rmula 1" e de "emiss�o de nota fiscal, no valor de R$ 420 mil, emitida pela empresa APPM An�lises e Pesquisas".
Por entender que n�o h� conex�o com nenhuma investiga��o que esteja no gabinete do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, a PGR pediu que o novo inqu�rito seja distribu�do livremente entre os ministros, por sorteio.
A PGR pede que o Supremo autorize a tomada de depoimento de Serra e tamb�m dos representantes legais das empresas LRC Eventos e Promo��es e APPM An�lises e Pesquisas "para os esclarecimentos necess�rios referentes aos servi�os supostamente por elas prestados e que deram origem �s notas fiscais nos valores de R$ 6 milh�es e R$ 420 mil, respectivamente. A PGR quer tamb�m obter as notas fiscais para conferir se s�o aut�nticas.
Defesa
Por meio de nota, a assessoria de imprensa do senador negou as acusa��es. "O senador Jos� Serra reitera que todas as suas campanhas eleitorais foram conduzidas dentro da lei, com as finan�as sob responsabilidade do partido. E sem nunca oferecer nenhuma contrapartida por doa��es eleitorais, como ali�s confirma o senhor Joesley Batista", disse o texto.
(Breno Pires e Rafael Moraes Moura)