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Estado de Minas

Janot diz que pior momento na Lava Jato foi pris�o de colega


postado em 06/07/2017 00:01

Rio, 05 (AE), 05 - O procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, considera que o momento mais dif�cil por que passou durante a Opera��o Lava Jato foi a pris�o de seu colega, o procurador da Rep�blica �ngelo Goulart Villela, em 18 de maio, sob a acusa��o de vender informa��es sobre a investiga��o aos donos da JBS. "Vivi dias muito dif�ceis, mas um especificamente foi quando eu tive que pedir a pris�o de um colega. Eu me emociono com isso. A gente acompanha essas dilig�ncias, monitora (...), e eu pedi para ser informado quando entrassem na casa dele para executar a pris�o. Quando fui informado, eu vomitei quatro vezes", contou Janot em entrevista ao programa "Roberto D'�vila", da Globonews, nesta quarta-feira, 5. Ao iniciar esse relato, Janot quase chorou. "Sou um sujeito experiente, tenho 33 anos de Minist�rio P�blico, e pouca coisa me afetou de maneira t�o contundente."

Questionado sobre as diverg�ncias com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, Janot foi categ�rico: "Eu n�o brigo com ele, ele � que briga comigo. O ministro Gilmar n�o briga s� comigo, briga com muita gente, e voc�s podem constatar que eu n�o tenho nenhum protagonismo contra ele. O que eu tenho s�o respostas quando ele se refere a mim".

Sobre a rea��o do presidente Michel Temer (PMDB) diante da den�ncia apresentada pela Procuradoria-Geral da Rep�blica, Janot afirmou que "� uma t�cnica que n�o � desconhecida pelo Minist�rio P�blico de as pessoas investigadas ou denunciadas n�o se referirem aos fatos, mas tentarem desconstituir ou desacreditar a figura do investigador".

Janot defendeu o ex-procurador da Rep�blica Marcelo Miller, sobre quem Temer levantou suspeitas: "Ele se demitiu da Procuradoria, depois foi contratado por um grande escrit�rio de advocacia e jamais trabalhou um segundo sequer na quest�o da dela��o premiada dos r�us colaboradores. � preciso distinguir leni�ncia de dela��o premiada. Meu ex-colega n�o participou em nenhum momento da dela��o premiada com os r�us colaboradores, e o escrit�rio dele participou do in�cio das negocia��es da leni�ncia e depois se retirou".

Sobre as cr�ticas � den�ncia que apresentou contra Temer, Janot afirmou que "a narrativa � fort�ssima": "Se isso � fraco, eu n�o sei o que seria forte".

O procurador-geral defendeu o acordo feito com o empres�rio Joesley Batista e negou que ele tenha gravado a conversa com Temer j� sob orienta��o do Minist�rio P�blico. "Ele fez essa grava��o para nos convencer, no futuro, a aceitar a colabora��o dele. Em s� consci�ncia, nenhum brasileiro iria acreditar em um sujeito que se apresenta para uma colabora��o, � investigado em primeiro grau por il�citos e diz assim: eu conversei com o presidente da Rep�blica e n�s acertamos um interlocutor para depois acertarmos il�citos. Eu n�o acreditaria, e duvido que algu�m acreditaria. A partir do momento em que ele mostra a grava��o, a� sim". Janot disse que, ao ouvir a grava��o pela primeira vez, ficou "chocado" e sentiu "n�useas".

O procurador-geral reclamou dos vazamentos das investiga��es, garantiu que n�o vai se candidatar a nenhum cargo pol�tico e fez elogios burocr�ticos a Raquel Dodge, que vai substitui-lo na fun��o a partir de setembro. "(Espero) que ela tenha uma atitude de Minist�rio P�blico e acredito que ter�. Somos todos formados na escola de Minist�rio P�blico. A responsabilidade dela ser� enorme, ela vai ter muito trabalho e desejo a ela sucesso. N�s interpretamos os procedimentos de forma diversa e a forma de trabalho minha � diferente da dela, mas somos todos Minist�rio P�blico".

(F�bio Grellet)


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