Bras�lia, 06 - O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou para julgamento a den�ncia apresentada pela Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) contra pol�ticos do PP no �mbito da Opera��o Lava Jato.
Segundo a PGR, empresas ligadas � Odebrecht usaram contas internacionais para fazer pagamento de propina ao PP, cujo principal benefici�rio era o ex-deputado Jo�o Pizzolatti (SC).
Al�m de Pizzolatti, o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, ofereceu den�ncia contra outros seis pol�ticos do PP: os deputados federais Arthur Lira (AL), M�rio Negromonte J�nior (BA), Luiz Fernando Faria (MG), Jos� Ot�vio Germano (RS), Roberto Britto (BA) e o ex-deputado M�rio Negromonte (BA).
De acordo com Janot, a Braskem, bra�o petroqu�mico do grupo Odebrecht, efetuou quatro transfer�ncias que beneficiaram Pizzolatti entre 2009 e 2010 para que a construtora fosse favorecida em contratos de aquisi��o de nafta celebrados com a Petrobr�s.
"Realizadas as transfer�ncias banc�rias internacionais, (o doleiro) Alberto Yousseff disponibilizava as correspondentes quantias, em reais, no Brasil, ao PP e particularmente a Jo�o Pizzolatti Junior. Dessa forma, entre 2009 e 2010, pelo menos US$ 1,530 milh�o foram repassados a t�tulo de propina", escreve Janot.
Os pol�ticos foram acusados por Janot pelos crimes de corrup��o passiva e oculta��o de bens. Se a den�ncia for recebida pela Segunda Turma do STF - presidida por Fachin -, eles se tornar�o r�us no �mbito da Opera��o Lava Jato.
A Segunda Turma do STF � presidida por Fachin. Tamb�m comp�em o colegiado os ministros Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e o decano da Corte, ministro Celso de Mello. A data do julgamento ainda n�o foi definida.
(Rafael Moraes Moura e Breno Pires)