A decis�o do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin de redistribuir inqu�ritos instaurados com base nas dela��es da Odebrecht faz deputados federais e senadores comemorar a perda do �selo Lava Jato�. Dos 84 procedimentos autorizados pela Corte, 24 (28,57%) j� sa�ram do gabinete do relator da opera��o. Com o repasse dos inqu�ritos para colegas de Fachin, pol�ticos apostam na redu��o do desgaste perante a opini�o a um ano das elei��es.
A Lava Jato virou uma marca negativa para os parlamentares e o descolamento do esquema de desvios na Petrobras � uma prioridade na estrat�gia de defesa. Na Corte, colegas de Fachin avaliam que a redistribui��o pode desafogar o gabinete do ministro e dar mais celeridade aos inqu�ritos fundamentados nas dela��es de 78 executivos e ex-executivos da empreiteira, cujo conte�do foi revelado pelo jornal
O Estado de S. Paulo
no dia 11 de abril.
Entre os casos que trocaram de relatoria, por consentimento de Fachin e determina��o da presidente do STF, ministra C�rmen L�cia, est�o suspeitas de fraude nos processos licitat�rios de constru��o da Cidade Administrativa de Minas e do Rodoanel Sul em S�o Paulo e caixa 2 em elei��es.
�A gente precisa separar o joio do trigo. Todo pol�tico tem de estar plenamente � disposi��o para ser investigado, mas voc� n�o pode ser envolvido naquilo que voc� n�o tem nenhuma rela��o. Nunca botei o p� na Petrobras, n�o tenho nada a ver com a Lava Jato�, disse o deputado Pedro Paulo (PMDB-RJ). O inqu�rito que investiga o peemedebista apura contratos da Olimp�ada e agora est� com Marco Aur�lio Mello.
Acusado por delatores da Odebrecht de receber caixa 2 nas campanhas de 2010 e 2014, o deputado Jutahy Magalh�es J�nior (PSDB-BA) disparou mensagens a conhecidos e jornalistas pelo celular para comemorar a troca de relator. �Fora da Lava Jato. Agora � definitivo�, escreveu o tucano ap�s a decis�o de Fachin.
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O advogado Daniel Gerber, que defende o ministro Eliseu Padilha, da Casa Civil, e o deputado Marco Maia (PT-RS), obteve decis�o favor�vel � redistribui��o do inqu�rito que apura desvio de recursos em obras do metr� de Porto Alegre. �Existe um selo do qual todos querem estar distantes, mas, ao fim e ao cabo, a exist�ncia de investiga��o j� prejudica. Ent�o, independentemente de ser ou n�o Lava Jato, temos de buscar a Justi�a e trabalhar com a possibilidade de arquivamento�, afirmou.
O senador Dalirio Beber (PSDB-SC) tamb�m reconhece danos � imagem. �Preju�zo em fun��o disso eu j� tive e continuo tendo. J� estou pagando um pre�o. Espero muito em breve ter esse epis�dio esclarecido�, disse o tucano, cujo inqu�rito foi entregue a Rosa Weber. Ele � acusado de participar de um encontro em que foram tratados repasses de R$ 500 mil a um candidato a prefeito de Blumenau.
O jornal apurou, por�m, que houve caso de parlamentares que decidiram n�o pedir a redistribui��o por temor de que o sistema eletr�nico do STF sorteasse como novo relator um ministro da Primeira Turma, colegiado considerado mais duro em suas decis�es que a Segunda Turma - � qual pertence Fachin. Al�m disso, nem todos os pedidos de redistribui��o s�o aceitos pelo ministro.
As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo
(Rafael Moraes Moura e Breno Pires)
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Fachin tira 'selo Lava Jato' de pol�ticos no STF
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