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Estado de Minas

Defesa de Lula v� 'persegui��o pol�tica' de Moro


postado em 13/07/2017 07:49 / atualizado em 13/07/2017 08:43

Bras�lia - Advogados e aliados do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva afirmaram nesta quarta-feira, 12, que o juiz S�rgio Moro usou o processo do tr�plex de Guaruj� (SP) para fazer "persegui��o pol�tica" ao petista e que a senten�a que o condenou a 9 anos e 6 meses de pris�o por corrup��o e lavagem de dinheiro � "meramente especulativa" e "despreza as provas de inoc�ncia" apresentadas pela defesa.

Para o advogado Cristiano Zanin Martins, que defende Lula nos processos da Lava Jato, a decis�o de Moro de n�o decretar a pris�o imediata do petista � o "reconhecimento da pr�pria fragilidade da fundamenta��o da senten�a". Segundo ele, as justificativas usadas pelo juiz, como "prud�ncia" e evitar "certos traumas", por se tratar de um ex-presidente da Rep�blica, demonstram o teor pol�tico da condena��o.

"Esperamos que essa senten�a, que joga uma p�gina negra na Justi�a brasileira, seja revertida nas inst�ncias superiores a fim de resgatar a presun��o de inoc�ncia prevista na Constitui��o", afirmou Martins, durante coletiva de imprensa ontem, em uma hotel na zona sul de S�o Paulo.

Segundo o advogado, Moro condenou Lula com base apenas no depoimento prestado pelo ex-presidente da OAS Jos� Adelm�rio Pinheiro Filho, o L�o Pinheiro, no qual ele afirmou que o triplex foi reformado pela empreiteira para Lula, fato que a defesa nega e acusa o magistrado de n�o ter apresentado provas.

"� uma senten�a meramente especulativa, que despreza as provas de inoc�ncia e d� valor a um depoimento prestado pelo senhor L�o Pinheiro na condi��o de delator informal, sem compromisso de dizer a verdade, e com manifesta inten��o de destravar seu processo judicial", disse Martins, que soube da condena��o � tarde durante uma audi�ncia com Moro sobre a a��o envolvendo o pr�dio do Instituto Lula.

Rea��o


O PT reagiu r�pido ainda na quarta-feira e colocou em a��o uma estrat�gia de defesa de Lula que j� tinha sido tra�ada previamente. Assim que foi anunciada a senten�a, petistas e aliados foram �s ruas e recorreram �s redes sociais para classificar a decis�o como persegui��o pol�tica.

Em nota oficial, a senadora Gleisi Hoffmann (PR), presidente nacional do PT, afirmou que a decis�o de Moro � "eminentemente" pol�tica. Segundo ela, a senten�a teve como base "exclusivamente a necessidade de o juiz prestar contas � opini�o p�blica".

Para Gleisi, n�o h� raz�o para que Lula seja preso. "Qual � o risco que o ex-presidente Lula representa para o Brasil?", questionou a senadora. "Se quiserem tirar Lula da vida pol�tica, sejam decentes e corajosos. Lancem um candidato e disputem nas urnas", afirmou.

Em discurso no plen�rio do Senado, o l�der do PT na Casa, Lindbergh Farias (RJ), tamb�m criticou a decis�o. "Est�o condenando Lula sem uma prova. O procurador Deltan Dallagnol admite que n�o tem prova", disse, complementando que o partido n�o vai "aceitar calado".

Os senadores petistas viajaram ontem para S�o Paulo no fim do dia para prestar solidariedade ao ex-presidente. O senador Jorge Viana (AC) ainda disse que a decis�o de Moro foi "uma antecipa��o de uma cassa��o de uma candidatura que nem foi formalizada".

Prevendo que esse seria o desfecho na primeira inst�ncia, Lula intensificou nas �ltimas semanas sua agenda de pr�-candidato ao Pal�cio do Planalto em 2018 e concedeu diversas entrevistas para ve�culos do Nordeste, sendo que todas elas foram transmitidas ao vivo na p�gina do Facebook do ex-presidente.

A partir de agora, a pr�-campanha ser� convertida em um movimento de solidariedade ao petista. "Tem de haver rea��o popular nas ruas e nas redes sociais contra essa decis�o absurda desse juiz S�rgio Moro. Uma condena��o sem prova deve ser questionada e denunciada", escreveu em nota oficial o l�der da Central de Movimentos Populares, Raimundo Bonfim.

Ele e outras lideran�as, como Guilherme Boulos, do MTST, estiveram � frente de uma manifesta��o que reuniu centenas de pessoas na Avenida Paulista, em S�o Paulo. Presente ao ato, o presidente estadual do PT, Luiz Marinho, disse "estranhar o cron�metro usado pelo juiz S�rgio Moro".


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