Bras�lia, 15 - Depois da vit�ria na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) da C�mara, o presidente Michel Temer vai tentar manter uma agenda de articula��es e an�ncios nas duas semanas de recesso para evitar debandada na base. Temer pediu aos ministros que fa�am levantamentos de programas e medidas que podem ser anunciadas.
A ideia, segundo uma fonte, � encontrar agendas que permitam que os deputados retornem no dia 2 de agosto com discurso de defesa do governo.
O presidente orientou que a equipe econ�mica busque medidas que ativem a microeconomia. Nesta semana, o presidente conseguiu anunciar uma s�rie de medidas e fez diversos eventos no Pal�cio do Planalto. Em seus discursos, Temer usou mais de uma vez o bord�o: "Enquanto alguns protestam, a caravana passa, e a caravana est� passando". Auxiliares afirmam que � com esse mote e refor�ando a ideia de que o "Brasil n�o pode parar" que o presidente vai tentar reunir for�as para continuar com o apoio da base.
Dissid�ncia
. Os partidos que formam o Centr�o - PP, PR, PRB, PSD e PTB - conseguiram dar 100% de seus votos na CCJ contra a admissibilidade da den�ncia da Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) que acusa o presidente de corrup��o passiva, mas dificilmente o mesmo cen�rio se repetir� no plen�rio da C�mara. Os aliados do governo admitem focos de resist�ncia em suas bancadas para votar a favor, at� mesmo no PMDB, mas esperam que a dissid�ncia seja m�nima na vota��o que definir� o futuro de Temer.
A oposi��o reconhece que ainda n�o tem os 342 votos necess�rios para aprovar a admiss�o da den�ncia em plen�rio, mas aposta na amplia��o dos dissidentes nos pr�ximos dias. A expectativa � de que as poss�veis dela��es do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do corretor L�cio Funaro tragam fatos novos e capazes de abalar a base governista. Os oposicionistas esperam tamb�m pela press�o das bases eleitorais sobre os parlamentares durante o recesso, que termina no dia 1.� de agosto.
A tramita��o da den�ncia na C�mara tamb�m estremeceu a rela��o entre Temer e o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que at� ent�o se comportava como um l�der do governo. Nos �ltimos dias, ministros do Planalto tentaram arrefecer o inc�modo elogiando publicamente a postura de Maia para evitar novos atritos. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.
(Carla Ara�jo, Daiene Cardoso e Isadora Peron)