Bras�lia, 16 - Ap�s 13 anos na oposi��o e uma fase de encolhimento, o DEM vive hoje um momento de ascens�o na pol�tica nacional, na esteira do protagonismo exercido pelo presidente da C�mara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Ao voltar a fazer parte do n�cleo duro do governo depois do impeachment de Dilma Rousseff e com chances nada remotas de encurtar o caminho at� a Presid�ncia da Rep�blica, o partido trabalha para aumentar a sua bancada no Congresso e n�o descarta uma fus�o com outras siglas para aumentar sua influ�ncia no Pa�s.
Dirigentes do partido adotam cautela ao falar sobre o assunto. Afirmam que a jun��o com siglas como PSB e PSD n�o est� nos planos imediatos, mas admitem que h� conversas avan�adas para que nomes de outras legendas migrem para o DEM.
A expectativa � de aumentar a bancada da sigla na C�mara de 29 para 40 integrantes. Os mais otimistas falam em chegar a 50. Se uma eventual fus�o se concretizar, dizem que podem ultrapassar o PMDB, que hoje conta com 62 deputados.
�H� um di�logo com dissidentes do PSB e de outros partidos que encontram no Democratas um partido que tem se notabilizado pela coer�ncia e pela transpar�ncia. Natural que se torne um porto seguro para muitos parlamentares�, disse o l�der do DEM na C�mara, deputado Efraim Filho (PB).
Janela
A fus�o entre partidos seria o caminho mais f�cil para que os deputados pudessem mudar de legenda, j� que a legisla��o vigente prev� a perda do mandato ao parlamentar que trocar de partido. Como a pr�xima janela para esse tipo de mudan�a seria s� em mar�o, n�o est� descartada a apresenta��o de um projeto para antecipar esse per�odo durante a vota��o da reforma pol�tica, prevista para acontecer at� outubro.
O presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), afirma que hoje a chance de fus�o com outros partidos � �zero�, mas admite que h� conversas avan�adas especialmente com quadros do PSB mais pr�ximos ao governo do presidente Michel Temer e da agenda de reformas, como os dois l�deres do partido no Congresso, o senador Fernando Bezerra (PE) e a deputada Tereza Cristina (MS), al�m dos deputados Her�clito Fortes (PI) e Danilo Forte (CE).
Danilo Forte, no entanto, confirma que h� um grupo de diferentes partidos articulando um movimento que pode vir a se tornar um nova sigla para disputar as elei��es de 2018. �L� na frente a gente pode aproveitar uma sigla que est�o nesse movimento ou criar um novo partido. Eu espero que esse debate amadure�a durante o recesso parlamentar, inclusive iremos fazer algumas conversas em alguns Estados�, diz.
O presidente licenciado do PSD, ministro Gilberto Kassab (Ci�ncia, Tecnologia e Comunica��es), tamb�m afirma que se o Congresso aprovar a cl�usula de desempenho e a proibi��o de coliga��es nas elei��es proporcionais, �� mais do que natural que os partidos se preparem para fus�es, em especial os partidos m�dios�.
�O PSD, ao avaliar eventuais fus�es, ir� procurar partidos que tenham semelhan�a program�tica. Alguns partidos preenchem esse pr�-requisito, entre eles o DEM, por conta de ser o partido de origem da maioria de seus integrantes e da excelente rela��o entre os filiados de ambas as agremia��es�, diz Kassab.
J� para o presidente do PSB, Carlos Siqueira, a jun��o do partido com outras legendas est� completamente descartada. Siqueira � da ala do PSB que defende o desembarque do governo Temer. Ele, no entanto, reconhece que h� deputados descontentes que podem vir a deixar a sigla. �N�o tem o menor fundamento um partido de esquerda se juntar com um partido de direita. Isso seria esdr�xulo.�
(Isadora Peron)