S�o Paulo, 17 - O l�der do PT na C�mara dos Deputados, Carlos Zarattini (SP), minimizou nesta segunda-feira, 17, a pol�mica envolvendo a emenda oferecida pelo deputado Vicente C�ndido (PT-SP) que, se aprovada, impediria a pris�o de candidatos at� oito meses antes das elei��es.
A proposta, que ficou conhecida como "emenda Lula", por seu potencial de beneficiar o ex-presidente, foi apresentada "h� muito tempo atr�s", beneficiaria todos os candidatos e n�o teve questionamento de nenhum l�der de partido, disse. "Isso para n�s � uma quest�o secund�ria", afirmou o petista, afirmando que o importante � uma reforma pol�tica que traga solu��o para o financiamento das elei��es, que inclua uma cl�usula de desempenho e que coloque fim �s coliga��es.
Zarattini participou do programa "Estad�o �s 5h", do portal
estadao.com
. Questionado sobre a poss�vel movimenta��o do Pal�cio do Planalto para adiar a vota��o da den�ncia contra o presidente Michel Temer, inicialmente prevista para o pr�ximo dia 2, o deputado disse que esta � uma "aposta arriscada", uma vez que "os deputados chegam quase que imediatamente dos seus Estados, onde eles est�o sendo pressionados por suas bases a votar contra Michel Temer, um governo altamente impopular."
O l�der do PT na C�mara negou ainda que a bancada do PT possa estar se isolando dos demais partidos de oposi��o no Congresso ao rejeitar qualquer di�logo com o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Segundo o petista, as reuni�es organizadas pelo l�der da minoria, Jos� Guimar�es (PT-CE), s�o bem frequentadas pela oposi��o. "Me parece que talvez haja um problema de quem fala pelo PCdoB. Quem fala oficialmente (pelo partido) tem defendido claramente a rejei��o da continuidade do governo Temer e a rejei��o a Maia".
Sobre a possibilidade de fazer uma autocr�tica, como o PSDB tem prometido fazer em sua conven��o nacional, no pr�ximo m�s, Zarattini lembrou que o PT j� o fez em seu �ltimo Congresso, quando aprovou o fim do financiamento empresarial. "Erramos profundamente ao colocar todo o financiamento partid�rio nas m�os das empresas, ao inv�s de estimular o financiamento atrav�s da milit�ncia e conquistar o financiamento p�blico, que j� poder�amos ter conquistado", comentou.
O petista ainda ironizou o prefeito de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), que tem elevado o tom das cr�ticas contra seu partido. "O Doria est� tentando aparecer. A melhor coisa que a gente pode falar sobre o Doria � o que os pr�prios tucanos dizem", ironizou, lembrando de coment�rios sobre o tucano feito por lideran�as como o ex-presidente da sigla, Alberto Goldman, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
(Marcelo Osakabe)