Janot pede redistribui��o de mais 6 inqu�ritos no STF da dela��o da Odebrecht

Bras�lia, 17 - O procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, pediu a redistribui��o de mais 6 inqu�ritos baseados na dela��o da Odebrecht e abertos pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), por entender que n�o h� conex�o com a Opera��o Lava Jato.

Entre os alvos dessas investiga��es, est�o os senadores Fernando Collor (PTC-AL), ex-presidente da Rep�blica, Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) e Cassio Cunha Lima (PSDB-PB). Se o Supremo deferir o pedido, chegar� a 30, de um total de 77 (38,9%), o n�mero dos inqu�ritos abertos a partir dos depoimentos e provas apresentados pelos 77 executivos do grupo baiano que mudam de relator na Corte.

Collor, nesta investiga��o espec�fica, � suspeito de ter cometido os crimes de corrup��o passiva, corrup��o ativa e lavagem de dinheiro. Segundo o Minist�rio P�blico Federal, delatores da Odebrecht disseram ter pagado vantagem indevida n�o contabilizada na campanha dele ao Senado em 2010.

Teriam sido repassados R$ 800 mil por meio do Setor de Opera��es Estruturadas do Grupo Odebrecht, em busca de atender interesses da empresa, especialmente na �rea de saneamento b�sico. Nos inqu�ritos contra Cassio Cunha Lima e Fernando Bezerra Coelho, a PGR pede a prorroga��o do prazo para a investiga��o, alegando que ainda faltam algumas dilig�ncias, como a coleta de testemunho de alguns delatores e dos pr�prios senadores. As duas investiga��es s�o sobre caixa 2 eleitoral.

Segundo delatores da Odebrecht, Cunha Lima teria solicitado e recebido em meados de 2014, por meio de um intermedi�rio, o valor de R$ 800 mil, que o grupo afirma ter sido pago ao ent�o candidato ao governo da Para�ba por meio de repasse n�o contabilizado. Fernando Bezerra Coelho, por sua vez, � investigado sob a suspeita de ter recebido R$ 200 mil parcelados em duas vezes, n�o contabilizados, no ano de 2010, para campanha eleitoral.

Os outros tr�s pedidos de redistribui��o s�o nas investiga��es que tramitam contra os deputados federais Nelson Pellegrino (PT-BA), Paulo Henrique Lustosa (PP-CE) e Vander Loubet (PT-MS). Nos casos deles, a suspeita tamb�m � de caixa 2 eleitoral. Segundo o Minist�rio P�blico Federal, Pellegrino teria recebido R$ 1,3 milh�o n�o contabilizados para campanha eleitoral em 2012 por meio do Setor de Opera��es Estruturadas da Odebrecht.

Paulo Henrique Lustosa teria recebido R$ 100 mil n�o contabilizados para a campanha eleitoral em 2010. Vander Loubet, por sua vez, teria recebido R$ 50 mil n�o contabilizados na campanha para a C�mara dos Deputados em 2010 por meio do Setor de Opera��es Estruturadas do Grupo Odebrecht.

(Breno Pires e Rafael Moraes Moura)