Ap�s encerrar a c�pula de chefes de Estado do Mercosul, o presidente Michel Temer assegurou que a rea��o das federa��es da ind�stria de S�o Paulo (Fiesp) e de Minas Gerais (Fiemg) em rela��o ao aumento das al�quotas do PIS/Cofins para gasolina, etanol e diesel � “uma incompreens�o natural” e mostrou-se confiante em que dialogando e conversando “aos poucos todos compreender�o (a import�ncia da medida), inclusive a Fiesp”.
“Essas relativas incompreens�es s�o naturais. A Fiesp sempre fez uma campanha muito adequada contra o tributo, voc�s se recordam de que quando eu cheguei ao governo todos achavam que n�s ir�amos restabelecer a CPMF. N�o o fizemos durante mais de 14 ou 15 meses. Agora, para manter o crescimento, incentivar o crescimento, manter a meta fiscal, foi indispens�vel que fiz�ssemos, como a �rea econ�mica fez, um aumento, mas apenas sobre combust�veis. N�o � um aumento geral", assegurou Temer.
Ele afirmou compreender “a rea��o da Fiesp, � mais do que razo�vel. Vamos dialogando, vamos conversando, e aos poucos todos compreender�o, a Fiesp inclusive”.
O presidente descartou uma rea��o pol�tica adversa � medida. Para ele, a rea��o ao aumento de impostos � natural: “Ningu�m quer tributo”.
A avalia��o de Temer � de que “quando todos compreenderem que � fundamental para incentivar o crescimento, manter a meta fiscal e dar estabilidade ao pa�s e para n�o enganar, esta mat�ria logo ser� superada”.
A medida, que j� est� em vigor, faz parte das a��es da equipe econ�mica para tentar cumprir a meta fiscal do ano, um d�ficit de R$ 139 bilh�es.
Apesar de o ministro da Fazenda ter dito que n�o haver� novos aumentos de impostos, ontem Temer se mostrou mais cauteloso.
“N�o h� previs�o, por enquanto estamos atentos para esse aumento. N�o sei se haver� necessidade de mais (tributos) ou n�o, haver� naturalmente di�logo e observa��es sobre isso, mas agora n�o, declarou o presidente.
Indagado sobre uma eventual compensa��o aos sindicatos pela elimina��o da contribui��o sindical obrigat�ria, Temer assegurou que n�o haver� “nada impositivo” sobre o assunto.
“A tese central da reforma trabalhista � a da voluntariedade, as pessoas fazem um acordado sobre o legislado. Pode haver contribui��o (sindical) volunt�ria… mas nada impositivo sobre a contribui��o sindical”, explicou o presidente.
Para ele, � necess�rio “muito di�logo, especialmente sobre qualquer modifica��o”. “As lideran�as do Senado haver�o de trabalhar com as lideran�as da C�mara para que n�o haja diverg�ncia”, frisou.
Protesto
Os empres�rios reagiram de forma dura ao aumento de impostos decretado pelo presidente Temer. “O Brasil precisa de mais efici�ncia de gest�o, gerar mais recursos atrav�s da produtividade e n�o por decreto”, afirmou ontem o presidente da Federa��o das Ind�strias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado, ao avaliar a medida do governo.
Em nota, a Fiemg afirmou repudiar “a decis�o do governo de aumentar impostos para garantir receita de R$ 10,4 bilh�es. “� importante salientar que antes de repassar a ‘conta’ para a sociedade, � obriga��o do governo buscar uma gest�o mais enxuta, cortando a inefici�ncia e valorizando a��es que estimulem o nosso crescimento,” disse Machado.
J� a Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp) voltou a expor o pato amarelo infl�vel, um dos principais s�mbolos das manifesta��es pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT), em sua sede em S�o Paulo, na Avenida Paulista.
A iniciativa � uma rea��o � decis�o do governo de elevar as al�quotas do PIS e da Cofins sobre combust�veis. A campanha da Fiesp tem como tema “N�o vou pagar o pato”, em alus�o a tarifas que poderiam ser elevadas para cobrir o rombo no or�amento federal.
“Aumento de imposto recai sobre a sociedade, que j� est� sufocada, com 14 milh�es de desempregados, falta de cr�dito e sem condi��es gerais de consumo”, comentou Skaf em nota.