Bras�lia, 26 - O procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um novo inqu�rito para investigar o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) com base na dela��o da Odebrecht.
O senador j� � investigado no �mbito da dela��o da Odebrecht em um outro inqu�rito, que apura as suspeitas de que o parlamentar recebeu uma soma de R$ 200 mil n�o contabilizados na campanha eleitoral de 2010. O dinheiro teria sido pago em duas parcelas, por meio do Setor de Opera��es Estruturadas do Grupo Odebrecht, conhecido como o departamento de propina da empreiteira.
No pedido encaminhado ao ministro Edson Fachin, do STF, na segunda-feira, 24, Janot menciona outras suspeitas, levantadas pelos executivos Carlos Fernando do Vale Angeiras e Jo�o Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, que firmaram acordo de colabora��o premiada com o Minist�rio P�blico Federal.
De acordo com o procurador-geral da Rep�blica, os dois delatores afirmaram que, durante a execu��o das obras do Cais V e do P�er Petroleiro no Porto de Suape, o senador Fernando Bezerra Coelho e o ent�o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, "foram beneficiados por propina paga pelas empreiteiras Odebrecht, OAS e Andrade Gutierrez".
Ao pedir a instaura��o do novo inqu�rito, Janot tamb�m solicitou a realiza��o de novos depoimentos dos delatores e que o senador seja ouvido para apresentar sua vers�o dos fatos.
O relator do processo � o ministro Edson Fachin, que dever� decidir se atende ou n�o o pedido de Janot a partir de agosto, quando o STF retoma os trabalhos.
Defesa
Procurada pela reportagem, a defesa do senador Fernando Bezerra Coelho informou em nota que "desconhece o teor do pedido da PGR". Segundo a defesa do senador, os conte�dos das dela��es "s�o absolutamente inver�dicos".
"O senador sempre trabalhou, �nica e exclusivamente, pelo desenvolvimento do pa�s e do Estado de Pernambuco, e est� � disposi��o para esclarecer quaisquer quest�es no devido momento processual", diz a nota.
A nota tamb�m afirma que "todas as doa��es feitas � campanha dele cumpriram rigorosamente a legisla��o e todas as contas foram devidamente apresentadas e aprovadas pela Justi�a Eleitoral".
(Rafael Moraes Moura)