Deputados da base aliada confirmaram que ministros com mandato na C�mara dos Deputados devem reassumir seus postos no parlamento temporariamente para votarem contra a den�ncia de corrup��o passiva feita pela Procuradoria-Geral da Rep�blica, com base em dela��es premiadas, que atinge o presidente Michel Temer (PMDB).
As declara��es dos parlamentares foram feitas na chegada ao Pal�cio do Jaburu, onde o presidente mora. Temer reuniu na na noite dessa quinta-feira (27) ministros e deputados da base aliada em mais um jantar antes da vota��o, marcada para a pr�xima quarta-feira (2) na C�mara, que pode analisar a aceita��o ou n�o da den�ncia contra ele.
Sem o aval da C�mara, o Supremo Tribunal Federal n�o pode abrir processo para investigar a den�ncia de corrup��o passiva contraTemer.
Lista de ministros
S�o deputados licenciados os seguintes ministros:
- Antonio Imbassahy, do PSDB (Secretaria de Governo)
- Bruno Ara�jo, do PSDB (Cidades)
- Maur�cio Quintella, do PR (Transportes)
- Osmar Terra, do PMDB (Desenvolvimento Social)
- Leonardo Picciani, do PMDB (Esporte)
- Raul Jungmann, do PPS (Defesa)
- Mendon�a Filho, do DEM (Educa��o)
- Ronaldo Nogueira, do PTB (Trabalho e Emprego)
- Ricardo Barros, do PP (Sa�de)
- Fernando Coelho Filho, do PSB (Minas e Energia)
- Sarney Filho, do PV (Meio Ambiente)
- Marx Beltr�o, do PMDB (Turismo)
L�der
“Todos os ministros v�o se licenciar. Todos”, disse o deputado Darc�sio Perondi (PMDB-RS). O l�der do governo no Congresso, Andr� Moura (PSC-SE), tamb�m comentou o assunto, mas preferiu n�o confirmar. Citou que, em reuni�o no Pal�cio do Planalto, a quest�o foi levantada e est� sendo discutida. “Foi at� uma sugest�o dos parlamentares que participaram da reuni�o de hoje � tarde”.
Moura � favor�vel � ideia, que n�o � nova no governo Temer. Em abril, o presidente decidiu que iria exonerar todos os ministros com mandato na C�mara para que participassem da vota��o em plen�rio da Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) da Reforma da Previd�ncia, prevista inicialmente para ser colocada em pauta em maio, mas que ainda n�o foi levada ao plen�rio. No mesmo m�s, Temer exonerou os ministros Bruno Cavalcanti, das Cidades; Jos� Mendon�a Filho, da Educa��o; e Fernando Bezerra Filho, de Minas e Energia, para reassumirem as vagas de deputado federal e votarem na projeto da reforma trabalhista, que foi aprovada.
“A presen�a dos ministros no plen�rio � a certeza do governo estar presente na vota��o. Ent�o, os ministros retornar�o para poder votar, se essa for a decis�o tomada, na certeza de termos a presen�a do governo l� dentro”, disse Moura.
A equipe de ministros de Temer conta com 14 deputados federais. Mas, neste caso, apenas 13 deputados ter�o voto, uma vez que Raul Jungmann (PPS-PE), ministro da Defesa, � suplente de Mendon�a Filho (DEM-PE), que ser� outro a deixar temporariamente seu cargo para voltar � C�mara.
Qu�rum
Al�m de votos, � preciso um qu�rum m�nimo – tamb�m de 342 deputados – para iniciar a sess�o que apreciar� a quest�o. Os aliados de Temer jogam a responsabilidade para a oposi��o, ao mesmo tempo em que querem votar rapidamente o relat�rio de Abi-Ackel.
“A responsabilidade de dar qu�rum n�o � nossa, � da oposi��o. Eu j� dei um exemplo disso no ano passado, no processo de impeachment [da presidenta Dilma Rousseff]. Quem tinha responsabilidade de dar qu�rum �ramos n�s, que �ramos oposi��o � �poca. N�s trabalhamos e demos qu�rum”, disse o deputado Andr� Moura .
O deputado Beto Mansur (PRB-SP) tamb�m compareceu ao jantar e falou sobre o qu�rum. “A gente vai ter a presen�a maci�a de quem apoia o governo. Acho importante no dia 2 de agosto estarmos juntos, liquidarmos esse assunto e votarmos as reformas que s�o muito necess�rias para o Brasil”.
Nessa quinta-feira (27), ap�s reuni�o com Temer no Pal�cio do Planalto, Mansur conversou com jornalistas e deu uma estimativa aproximada de 280 votos pr�-Temer. Os parlamentares, ministros e tamb�m o presidente continuar�o trabalhando no fim de semana com o intuito de reunir o maior n�mero de votos poss�vel. O foco do governo � virar a p�gina da den�ncia de corrup��o passiva e retomar as discuss�es da reforma da Previd�ncia, al�m da simplifica��o tribut�ria. (Com Ag�ncia Brasil)