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Estado de Minas

Vinhos de Bendine est�o na mira da Pol�cia Federal


postado em 29/07/2017 17:37

S�o Paulo, 29 - A Pol�cia Federal apreendeu duas garrafas de vinho na casa do ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobr�s Aldemir Bendine. O delegado Filipe Hille Pace, da Opera��o Cobra, desdobramento da Lava Jato que prendeu Bendine nesta quinta-feira, 27, quer saber �o modo� como ele adquiriu a bebida.

�Considerando arrecada��o de duas garrafas de vinho de poss�vel valor elevado na resid�ncia em S�o Paulo/SP de Aldemir Beinde proceda-se sua apreens�o e, ap�s, requisite-se da defesa do preso comprova��o em 72 horas, uma vez que se tratam de bens perec�veis, do modo de aquisi��o das garrafas uma vez que podem ter sido adquiridas com produto dos crimes investigados�, destacou o delegado.

Na quinta-feira, agentes federais fizeram buscas em tr�s endere�os de Bendine. Os policiais vasculharam uma casa em Conchas e outra em Sorocaba, ambas as cidades no interior de S�o Paulo. As buscas se estenderam a um apartamento do ex-presidente da Petrobr�s em S�o Paulo, no bairro de Higien�polis.

Bendine � suspeito de receber R$ 3 milh�es em propina da Odebrecht por sua atua��o na Petrobr�s. Ele presidiu a estatal petrol�fera entre 6 de fevereiro de 2015 e 30 de maio de 2016. Antes de assumir o cargo, foi presidente do Banco do Brasil entre 17 de abril de 2009 e 6 de fevereiro de 2015.

A for�a-tarefa da Lava Jato afirma que Aldemir Bendine pediu propina de R$ 17 milh�es � �poca em que era presidente do BB, para viabilizar a rolagem de d�vida de um financiamento da Odebrecht AgroIndustrial.

Os delatores Marcelo Odebrecht e Fernando Reis, da Odebrecht, teriam negado o pedido de solicita��o de propina porque entenderam que Bendine n�o tinha capacidade de influenciar no contrato de financiamento do banco.

Os procuradores apontam que, ap�s deixar o cargo no banco, na v�spera de assumir a presid�ncia da Petrobr�s, em 6 de fevereiro de 2015, Bendine e um operador financeiro seu novamente solicitaram propina a Odebrecht e a Fernando Reis.

O pedido teria sido feito para que o grupo empresarial n�o fosse prejudicado na estatal e tamb�m em rela��o �s consequ�ncias da Lava Jato.

Os delatores relataram que, em decorr�ncia do novo pedido e com receio de ser prejudicada na estatal petrol�fera, a Odebrecht optou por pagar a propina de R$ 3 milh�es.

O valor foi repassado em tr�s entregas em esp�cie, no valor de R$ 1 milh�o cada, em S�o Paulo. Esses pagamentos foram realizados no ano de 2015, nas datas de 17 e 24 de junho e 1.� de julho, pelo Setor de Opera��es Estruturadas.

Em 2017, um operador financeiro que atuava junto a Bendine confirmou que recebeu a quantia de R$ 3 milh�es da Odebrecht, �mas tentou atribuir o pagamento a uma suposta consultoria que teria prestado � empreiteira para facilitar o financiamento junto ao Banco do Brasil�, segundo a for�a-tarefa da Lava Jato.

Os investigadores dizem que a empresa utilizada pelo operador financeiro era de fachada.

�N�o foi apresentado nenhum material relativo � alegada consultoria e n�o foi explicado o destino de valores, a forma oculta do recebimento, a aus�ncia de contrato escrito para servi�os de valor milion�rio e o motivo da diminui��o do valor de tais servi�os, que inicialmente seriam, conforme reconhecido pelo pr�prio operador, de R$ 17 milh�es, para R$ 3 milh�es�, afirma a Procuradoria.

�Buscando dar apar�ncia l�cita para os recursos, o operador financeiro, ap�s tomar ci�ncia das investiga��es, efetuou o recolhimento dos tributos relacionados � suposta consultoria, cerca de dois anos ap�s os pagamentos, com o objetivo de dissimular a origem criminosa dos valores. H� ind�cios que a documenta��o tamb�m foi produzida com intuito de ludibriar e obstruir as investiga��es.�

COM A PALAVRA, O ADVOGADO PIERPAOLO BOTTINI, QUE DEFENDE ALDEMIR BENDINE:

�Desde o in�cio das investiga��es Bendine se colocou � disposi��o para esclarecer os fatos e juntou seus dados fiscais e banc�rios ao inqu�rito, demonstrando a licitude de suas atividades. A cautelar � desnecess�ria por se tratar de algu�m que manifestou sua disposi��o de depor e colaborar com a Justi�a.�

(Julia Affonso e Fausto Macedo)


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