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Estado de Minas

Temer enfrenta maratona para recompor apoio e barrar den�ncia na C�mara

'Foi um embate di�rio', disse o vice-l�der do governo na C�mara, deputado Beto Mansur (PRB-SP), um dos membros da 'tropa de choque' respons�vel por monitorar o n�mero de votos que o presidente ter� em plen�rio


postado em 30/07/2017 08:13 / atualizado em 30/07/2017 10:16

(foto: SERGIO LIMA/AFP)
(foto: SERGIO LIMA/AFP)

Michel Temer conseguiu reverter, em pouco mais de dois meses, uma situa��o de crise aguda - momento em que sua ren�ncia chegou a ser cogitada - para uma expectativa de vit�ria, nesta semana, quando a den�ncia por corrup��o passiva apresentada contra ele poder� ser votada na C�mara. O presidente recebeu mais de 160 deputados e senadores, acelerou emendas parlamentares, lan�ou “pacotes de bondades”, manteve como aliado Rodrigo Maia (DEM-RJ), seu eventual sucessor, e se beneficiou das “ruas vazias”.

“Foi um embate di�rio”, disse o vice-l�der do governo na C�mara, deputado Beto Mansur (PRB-SP), um dos membros da “tropa de choque” respons�vel por monitorar o n�mero de votos que o presidente ter� em plen�rio durante a an�lise da den�ncia do procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot. Pela contagem mais recente, ele tem 280 votos - s�o necess�rios 172 para barrar a den�ncia. “Eu n�o digo que j� est� resolvido, mas na quarta-feira temos muita chance de resolver essa quest�o”, afirmou Mansur.

Desde 17 de maio, quando veio � tona o conte�do da dela��o premiada do empres�rio Joesley Batista, um dos donos da JBS, o presidente recebeu em seu gabinete no Pal�cio do Planalto 133 deputados federais e 30 senadores. Ap�s a den�ncia chegar � C�mara em 29 de junho, Temer iniciou uma verdadeira “blitze pol�tica” para receber deputados e convenc�-los a votar contra a abertura de investiga��o no Supremo Tribunal Federal. Em um �nico dia, o presidente recebeu 30 parlamentares.

Nas conversas, al�m de rebater as acusa��es de Janot - para quem o presidente era o benefici�rio da mala com R$ 500 mil com a qual foi filmado seu ex-assessor e ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) -, Temer apresentou sua vers�o dos fatos. O presidente tamb�m usou o argumento de que, se nem mesmo ele est� seguro contra o avan�o da Opera��o Lava Jato, imagine como ficaria o destino dos parlamentares que tamb�m s�o alvo de investiga��es.

O Planalto pressionou os partidos aliados a fechar quest�o contra a den�ncia e a trocar 15 integrantes na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a para derrotar o parecer do deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ) e garantir um relat�rio favor�vel ao peemedebista, que foi assinado pelo deputado Paulo Abi-Alckel - da ala pr�-governo do PSDB.

O peemedebista atendeu a interesses da base, como a libera��o de R$ 4,1 bilh�es em emendas parlamentares apenas em junho e julho - o equivalente a 97% do total liberado o ano inteiro -, e direcionou o foco do Executivo para projetos destinados �s prefeituras, como o programa de regulariza��o fundi�ria. A pouco mais de um ano das elei��es de 2018, a oferta de recursos para obras em munic�pios tem como objetivo ajudar deputados e senadores a colher dividendos em suas bases eleitorais.

‘Lealdade’ - A mobiliza��o de Temer conseguiu at� mesmo conter a “solu��o Maia”, que passou a ser cotado para o Planalto e fez movimentos que foram vistos como uma tentativa para se cacifar para o cargo. Aliados do deputado, no entanto, afirmam que parte do sucesso de Temer se d� justamente pelo fato de Maia n�o ter “conspirado” para tomar seu lugar.

“Eu cumpri o meu papel de presidente da C�mara, n�o sendo o condutor nem a favor nem contra esse processo. Do ponto de vista pessoal, eu mantive a lealdade ao governo do qual eu e o meu partido fazemos parte”, disse Maia ao Estado.

Outro ponto que beneficiou Temer foi a falta de “gente na rua”, isto �, de protestos significativos pedindo por sua sa�da. Aliados do peemedebista admitem que ele n�o aguentaria a press�o de “um milh�o de pessoas na Avenida Paulista”, em refer�ncia aos atos que culminaram no impeachment de Dilma Rousseff.

Com o cen�rio prov�vel de vit�ria, a expectativa do governo � de que as reformas - mote da gest�o Temer - voltem � pauta do Congresso. No entanto, uma nova den�ncia contra o presidente, com a acusa��o de obstru��o da Justi�a e organiza��o criminosa, deve ser apresentada por Janot, que vai deixar o comando do Minist�rio P�blico Federal no dia 17 de setembro. Novas dela��es tamb�m podem voltar a conturbar o ambiente pol�tico.

Na C�mara, a defesa de Temer atacou o “a�odamento” do MPF e sustentou que n�o h� provas de corrup��o passiva. Questionou ainda a autenticidade do �udio gravado por Joesley.

Com aprova��o de apenas 5%, segundo a mais recente pesquisa Ibope, o presidente aposta na intensa a��o pol�tica para se manter no cargo. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.

(Isadora Peron e Carla Ara�jo)


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