
Bras�lia - O senador A�cio Neves (MG) deve retomar a presid�ncia do PSDB em agosto para coordenar a elei��o e transi��o de seu substituto definitivo no comando da legenda e, ao mesmo tempo, tentar evitar o rompimento dos tucanos com o presidente Michel Temer.
Licenciado da dire��o partid�ria desde 18 de maio, ap�s ser atingido pela dela��o da JBS, ele trabalha ativamente nos bastidores para manter a sigla na base do governo.
No esfor�o para reverter votos de tucanos, Temer convidou A�cio para um jantar na noite de s�bado, 29.
O encontro aconteceu no Pal�cio do Jaburu, onde o presidente mora com a fam�lia, e contou com os ministros tucanos Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Bruno Ara�jo (Cidades) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presid�ncia), do PMDB, e das respectivas esposas. O presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi convidado, mas n�o compareceu.
A�cio tem ligado para deputados do PSDB em busca de reverter votos daqueles que s�o favor�veis � aceita��o da den�ncia por corrup��o passiva contra Temer apresentada pelo procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot. A vota��o da den�ncia no plen�rio da C�mara est� marcada para esta quarta-feira. E pelas previs�es do l�der do partido na Casa, Ricardo Tripoli (SP), a maioria dos 46 deputados tucanos deve votar pela aceita��o da den�ncia.
"A maioria deve votar para que a investiga��o seja aberta. Hoje, o placar est� na faixa de 28 a 30 (deputados) a favor da den�ncia e de 17 a 19 contra", disse Tripoli ao Estado/Broadcast. No Placar do Estado, 18 deputados do PSDB j� declararam voto a favor da aceita��o da den�ncia e apenas seis se disseram contra. Dos outros 22 parlamentares, 19 n�o quiseram responder e tr�s se disseram indecisos sobre como se posicionar�o.
O l�der do PSDB ressaltou que dificilmente a bancada fechar� quest�o a favor ou contra a den�ncia, como fizeram outros partidos da base aliada. Sigla de Temer, o PMDB fechou quest�o para barrar a abertura de investiga��o do presidente, assim como PSD, PP, PR, PRB e PTB, legendas que integram o chamado Centr�o. "Vamos nos reunir nessa semana para discutir o assunto, mas fechar quest�o � dif�cil", afirmou Tripoli.
Na vota��o da den�ncia na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ), cinco dos sete deputados do PSDB que integram o colegiado votaram contra Temer. Os outros dois votaram a favor, entre eles, Paulo Abi-Ackel (MG). Aliado de A�cio, ele foi o respons�vel por apresentar parecer pela rejei��o da den�ncia contra o presidente, em substitui��o ao do deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ). O relat�rio do peemedebista recomendava a aceita��o da den�ncia, mas foi rejeitado.
Sucess�o
A�cio combinou com o presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), de se reunirem no in�cio de agosto para decidirem juntos a data da conven��o do partido para eleger uma nova executiva nacional. Segundo Tripoli, a previs�o � de que essa elei��o ocorra no fim de agosto. � durante esse intervalo que aliados pressionam A�cio a retomar a chefia do partido para comandar a transi��o. Segundo aliados, o senador j� topou.
"� leg�timo que isso (transi��o) seja feito pelo pr�prio A�cio. N�o tem nada que o impe�a de conduzir a transi��o. Como j� se decidiu que vai ter uma elei��o fora de �poca, n�o h� raz�o para o A�cio n�o conduzir isso", afirmou o deputado Nilson Leit�o (MT), vice-l�der do PSDB na C�mara e segundo-secret�rio da legenda. "O partido n�o o afastou. Ele se licenciou. Estamos falando de uma transi��o. N�o podemos sentenci�-lo."
Hoje dois nomes s�o colocados pelos tucanos como candidatos � sucess�o de A�cio. O pr�prio Tasso Jereissati e o governador de Goi�s, Marconi Perillo. Considerado o favorito, o senador cearense � favor�vel ao rompimento do partido com Temer. J� Perillo � favor�vel � perman�ncia do PSDB na base do governo.