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Estado de Minas

Cabral nega 'toma l� d� c�' e diz que �nico pedido a Eike foi ajuda de campanha


postado em 31/07/2017 20:55

Rio, 31 - O ex-governador do Rio S�rgio Cabral (PMDB) declarou em interrogat�rio nesta ter�a-feira, 31, jamais ter estabelecido rela��o de "toma l� d� c�" com Eike Batista e declarou que a �nica vez em que pediu recursos de seu "interesse pessoal" ao empres�rio foi em 2010, para ajuda financeira de campanha.

Segundo o peemedebista, ficou acertado durante reuni�o na casa de Eike um pagamento entre R$ 25 milh�es e R$ 30 milh�es. Cabral negou, no entanto, qualquer pagamento de propina a ele pelo empres�rio. "Foi ajuda financeira de campanha. Propina � toma l� d� c�", afirmou Cabral durante interrogat�rio conduzido pelo juiz Marcelo Bretas, respons�vel pelos desdobramentos da Lava Jato no Rio.

Cabral e Eike foram alvo da Opera��o Efici�ncia, deflagrada em janeiro. As investiga��es apontam pagamento de US$ 16,5 milh�es em propinas pelo empres�rio ao ex-governador para obter vantagens em seus neg�cios. Segundo o ex-governador, o bra�o direito de Eike, Fl�vio Godinho, participou da reuni�o e durante ela sugeriu que o repasse para a campanha fosse feito no exterior. "O meu pedido foi para ajuda de campanha e de prefer�ncia no caixa um. Ele disse que n�o tinha condi��es de ser no caixa um e pediu que o pagamento fosse no exterior", afirmou o peemedebista. Godinho tamb�m � r�u no processo.

Cabral afirmou ter respondido a Eike e Godinho que n�o tinha conta no exterior para receber os valores, mas teria ent�o indicados os doleiros Renato e Marcelo Chebar para fazer a opera��o. O dinheiro teria ent�o sido entregue ao peemedebista, que declarou n�o saber o "modus operandi" dos doleiros.

Os irm�os Chebar fecharam acordo de dela��o premiada e indicaram que o esquema de Cabral teria US$ 100 milh�es em contas no exterior, valor que foi devolvido ao Minist�rio P�blico Federal (MPF). O ex-governador nega que esse dinheiro seja dele e declarou que essa foi a �nica vez que recebeu recursos de campanha pelo exterior.

O ex-governador disse ainda que seus advogados v�o solicitar uma acarea��o com os irm�os Chebar, assim como com executivos da Andrade Gutierrez, que tamb�m acertaram dela��o com o Minist�rio P�blico Federal (MPF). Tamb�m fez cr�ticas � dela��o fechada com a H. Stern.

"Quero acarea��o com dono da H.Stern. Ele se aproveitou da situa��o para limpar situa��o fiscal dele", disse, ao insinuar que cerca de 200 joias compradas em dinheiro sem nota fiscal teriam sido atribu�das a ele, mas que poderiam ter outros donos. Cabral voltou a confirmar o uso de caixa dois, mas afirmou que n�o enriqueceu com esses recursos. "A quase totalidade de recursos em caixa dois eu gastei na pol�tica, nas elei��es que me envolvi direta ou indiretamente, n�o foi para me enriquecer", disse.

Cabral tamb�m citou diversas vezes em que fez pedidos a Eike de ajuda financeira para programas de interesse do Rio, mas que esses solicita��es n�o eram para benef�cio pessoal dele. Ele negou ainda que tenha recebido R$ 1 milh�o por meio do escrit�rio de sua mulher Adriana Ancelmo. "Vou pedir R$ 1 milh�o para o escrit�rio da minha mulher, sendo que ele me deu R$ 30 milh�es? Ela nem foi a executiva principal de tratativas com o Eike (no escrit�rio dela)", disse. Mais cedo, Adriana declarou que os processos de Eike ficam na m�o de seu ex-s�cio S�rgio Coelho.

"Respeito muito esse homem (Eike). Eu jamais fiz um toma l� d� c� com ele. Ele sempre reclamou comigo, especialmente na �rea de licenciamento ambiental", afirmou. Ele ressaltou ajuda financeira dada por Eike ao Estado do Rio por meio de doa��es a hospitais e outros projetos, como as Unidades de Pol�cia Pacificadora (UPPs).

Um dos conflitos com Eike teria ocorrido com uma desapropria��o de entre 80% e 90% do terreno do Porto do A�u, em S�o Jo�o da Barra, norte fluminense. "T�nhamos momentos de forte lit�gio com Eike".

(Mariana Sallowicz)


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