A C�mara inicia nesta quarta-feira, 2, a sess�o que vai analisar a den�ncia por corrup��o passiva contra Michel Temer, o primeiro presidente da Rep�blica a ser alvo de acusa��o formal por um crime comum durante o exerc�cio do mandato. Se houver qu�rum m�nimo (342 presentes), os deputados votam por aceitar ou rejeitar o prosseguimento da den�ncia. Para o Supremo Tribunal Federal julgar a acusa��o da Procuradoria-Geral da Rep�blica � necess�rio o aval da C�mara. Em caso de aceita��o da den�ncia pela Corte, o presidente � afastado por at� 180 dias. Temer precisa do apoio de ao menos 172 deputados e intensificou nos �ltimos dias as articula��es que incluem distribui��o de cargos e emendas parlamentares.
Embora o Pal�cio do Planalto esteja confiante e tente mobilizar os aliados para barrar j� a den�ncia no plen�rio, o placar da vota��o pode indicar o f�lego que o governo ter� para aprovar no Congresso Nacional as reformas - incluindo a da Previd�ncia - e recusar eventual novo pedido de abertura de a��o penal contra o presidente.
A decis�o sobre o destino do governo Temer, que o pr�prio peemedebista classificou como "congressual", est� entre os 213 deputados que n�o declararam votos, segundo o placar do Estado. Nesse contingente de "indefinidos" est�o os que n�o quiseram responder (156), os indecisos (54) e os que disseram que v�o se abster, se ausentar e o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM) - ele afirmou que n�o vai votar. Conforme o placar, 190 deputados j� declaram ser a favor da admissibilidade da den�ncia e 110 disseram ser contra.
As siglas da oposi��o decidiram obstruir a sess�o, n�o marcando presen�a, estrat�gia que pode ser revista. O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva pediu que o PT vote para acabar com o "lenga-lenga" do caso Temer, mas um governador petista, Rui Costa, da Bahia, exonerou dois secret�rios estaduais para que retomem os mandatos de deputado e ajudem a barrar a den�ncia. A acusa��o contra o presidente tem como base a dela��o da J&F. Para que seja admitida s�o necess�rios ao menos 342 votos, ou 2/3 dos deputados.
As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.