S�o Paulo, 02 - O deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), relator do parecer que recomenda a rejei��o da den�ncia de corrup��o contra o presidente Michel Temer na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ), defendeu em discurso na C�mara a pol�tica econ�mica do peemedebista para recuperar a economia brasileira e afirmou que nenhuma raz�o justificaria a autoriza��o para o inqu�rito.
"O Pa�s est� se levantando da depress�o que o afligia. Ser� este o momento adequado para promover a destitui��o do presidente da Rep�blica?", perguntou ele em seu discurso. "� preciso reconhecer mudan�as positivas que o novo governo fez na economia."
Abi-Ackel disse que o presidente Michel Temer assumiu o Planalto ap�s o impeachment de Dilma Rousseff em meio � infla��o alta, ind�stria parada e o Produto Interno Bruto (PIB) em seguidas quedas. Al�m disso, as ag�ncias internacionais de classifica��o de risco vinham rebaixando o rating soberano do Brasil.
O parlamentar citou ainda que havia naquele momento "desastres na Petrobras e no setor el�trico". "Consta dos registros hist�ricos a desola��o do Pa�s quando Temer assumiu", disse Abi-Ackel. "O presidente optou pelo enfrentamento da crise atrav�s de rem�dios amargos, mas necess�rios", completou ele, ressaltando que ainda h� muito o que fazer.
Abi-Ackel ressaltou que o governo de Temer se instalou no Planalto em meios �s "mais dram�ticas situa��es" e logo adotou medidas "duras e urgentes" para recuperar a economia. "H� muito o que se fazer, ousar, corrigir", disse ele, destacando que algumas melhoras j� s�o vis�veis, como o PIB que parou de apresentar n�meros negativos. "O que se discute � o aumento do �ndice de crescimento da economia brasileira", disse ele.
O deputado mencionou a JBS em seu discurso, ressaltando que a empresa se beneficiou de juros baixos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES). Abi-Ackel ressaltou ainda reformas estruturais tocadas por Temer e que o pre�o pago pelo peemedebista por adotar essas medidas foi a queda de sua popularidade.
No plen�ria da C�mara, enquanto o parlamentar fazia seu discurso, 74 deputados haviam registrado presen�a. "O julgamento na C�mara � de natureza pol�tica", afirmou o parlamentar, ressaltando que � equivocada a "concep��o simplista" que a instaura��o do processo contra Temer assegura impunidade.
(Elizabeth Lopes e Altamiro Silva Junior)