O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve o sigilo da dela��o premiada de Silval Barbosa (PMDB), ex-governador de Mato Grosso, homologada nesta quarta-feira (9).
Um dos motivos da manuten��o do sigilo � porque os conte�dos trazidos por Silval Barbosa poder�o motivar novas opera��es da Pol�cia Federal no �mbito de investiga��es existentes ou eventualmente originadas a partir da dela��o do ex-governador.
Na semana passada, o ministro Fux havia dito que se trata de uma dela��o "monstruosa" e "a maior opera��o" depois da Lava Jato.
Em pris�o domiciliar, Silval Barbosa fez dela��o premiada ap�s ter sido preso na Opera��o Sodoma em 2015, sob a acusa��o de liderar um esquema de recebimento de propina em troca da concess�o de incentivos fiscais. Na dela��o, ele faz revela��es que t�m rela��o tanto com a Opera��o Sodoma quanto com a Opera��o Ararath, na qual tamb�m � investigado.
Em junho deste ano, a ju�za Selma Santos Arruda, da 7� Vara Criminal de Cuiab�, autorizou a transfer�ncia do ex-governador do regime fechado para a pris�o domiciliar. A decis�o foi proferida no �mbito da Opera��o Sodoma e levou em conta o fato de Barbosa ter confessado uma s�rie de crimes e disponibilizado para a Justi�a mais de R$ 40 milh�es em bens.
'Monstruosa'.
Ao comentar sobre o conte�do da dela��o, na semana passada, o ministro Luiz Fux gerou grande expectativa quanto ao que pode ser revelado pelo delator. "Essa � monstruosa, depois da Lava Jato � a maior opera��o. Silval trouxe material, mas n�o foi homologada ainda", disse o ministro a jornalistas, ao chegar para a sess�o plen�ria do STF do �ltimo dia 2.
Nesta quarta-feira, 9, antes da sess�o plen�ria do Supremo Tribunal Federal, o ministro Fux disse que n�o poderia fazer mais coment�rios sobre a dela��o de Silval Barbosa.
Fux j� havia homologado a dela��o premiada de Pedro Nadaf, ex-chefe da Casa Civil do governo de Mato Grosso. Nadaf contou em recente depoimento ao Minist�rio P�blico de Mato Grosso que Silval Barbosa lhe afirmou haver pagado cerca de R$ 50 milh�es em propina para conselheiros do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso.
(Breno Pires e Rafael Moraes Moura)