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Estado de Minas

Centr�o cobra cargos e amea�a travar reforma da Previd�ncia

Os parlamentares do Centr�o est�o no PP, PSD e PR e at� do PMDB, querem que o Pal�cio do Planalto fa�a uma redistribui��o de cargos


postado em 10/08/2017 08:07 / atualizado em 10/08/2017 09:10

Bras�lia - L�deres de partidos aliados avisaram ao presidente Michel Temer que n�o pretendem retomar as articula��es para votar a reforma da Previd�ncia no plen�rio da C�mara at� que o governo reorganize a base aliada.

Parlamentares do Centr�o - grupo do qual fazem parte PP, PSD e PR - e at� do PMDB querem que o Pal�cio do Planalto fa�a uma redistribui��o de cargos que est�o nas m�os de "infieis", ou seja, dos que votaram na C�mara pela admissibilidade da den�ncia contra Temer.

Nos bastidores, integrantes do Centr�o se dizem dispostos at� a paralisar ou derrotar a agenda econ�mica que tramita no Congresso. O primeiro alvo seria a medida provis�ria que cria o Refis, programa de parcelamento de d�vidas de contribuintes com o Fisco com o qual o governo conta para fechar as contas p�blicas deste ano.

A estrat�gia ser� ignorar a negocia��o que o governo vem tentando fazer e trabalhar para aprovar o texto do relator, deputado Newton Cardoso Jr. (PMDB-MG), considerado mais ben�fico para empresas.

O deputado modificou a vers�o enviada pelo governo ao Congresso e colocou condi��es mais favor�veis aos devedores, como o perd�o de at� 99% de juros e multas. Com isso, a previs�o de arrecada��o caiu de R$ 13 bilh�es para R$ 420 milh�es com o programa.

Interlocutores de Temer minimizaram as press�es. Auxiliares do presidente disseram que ele continuar� investindo em conversas com os parlamentares da base como fez antes da vota��o da den�ncia.

Interlocutores afirmaram tamb�m que o trabalho de avaliar cargos e emendas ser� feito pelos ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy.

Em entrevista ao Estad�o/Broadcast na semana passada, o presidente disse que n�o � ref�m do Centr�o e ressaltou que dialoga muito com o Congresso. L�deres partid�rios, contudo, deixaram claro a barganha.

"Decidimos n�o votar a reforma da Previd�ncia. S� retomaremos o di�logo quando o governo se comunicar melhor e quando resolver quem � base e quem � oposi��o", afirmou � reportagem o l�der do PP na C�mara, deputado Arthur Lira (AL).

O partido cobra o comando da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do S�o Francisco e Parna�ba (Codevasf).

O �rg�o hoje � controlado por uma aliada do senador Antonio Carlos Valadares (SE), do PSB, partido que j� desembarcou do governo, embora ainda mantenha o Minist�rio de Minas e Energia.

A demanda do PP pela Codevasf foi levada ao Planalto pelo pr�prio presidente do partido, senador Ciro Nogueira (PI), que quer indicar um aliado.

O �rg�o tem forte capilaridade pol�tica no Nordeste. O PP, que j� comanda as pastas da Sa�de e da Agricultura e a Caixa, alega que merece uma compensa��o por ter sido um dos mais fi�is a Temer na vota��o da den�ncia.

"N�o tem clima para votar. Quem foi fiel precisa ser prestigiado. O governo precisa dar condi��es para esses deputados de trabalharem a favor do governo em suas bases. E os instrumentos, que s�o cargos, �s vezes est�o com os infi�is", afirmou o l�der do PSD, Marcos Montes (MG).

Ele disse j� ter informado pessoalmente a Temer sobre a demanda de seu partido - o Minist�rio das Cidades, hoje nas m�os do PSDB. O PSD comanda o Minist�rio das Comunica��es.

"O governo saiu da UTI e est� no quarto. A data da vota��o (da Previd�ncia) vai depender da recupera��o do paciente. Pode ser no final do ano, pode ser em 2019", afirmou.

O l�der do PR na C�mara, deputado Jos� Rocha (BA), disse que n�o h� como votar a reforma da Previd�ncia no atual mandato.

"J� disse no Planalto. Reforma da Previd�ncia s� se vota em in�cio de mandato. A prioridade deve ser a reforma tribut�ria."

O PR cobra de Temer a Secretaria dos Portos. Embora seja vinculada ao Minist�rio dos Transportes, que j� � comandado pelo partido, o comando da secretaria est� com o ex-senador Luiz Ot�vio, que chegou ao posto por indica��o dos senadores Renan Calheiros (AL) e Jader Barbalho (PA), ambos do PMDB.

A bancada peemedebista, sigla que j� comanda seis minist�rios, tamb�m reivindica o comando das Cidades.

Primeiro vice-presidente da C�mara, o deputado F�bio Ramalho (PMDB-MG) disse que o governo s� conseguir� aprovar a eleva��o da idade m�nima para aposentadoria, para 62 anos, no caso das mulheres, e 65 anos, homens.

O l�der do DEM, Efraim Filho (PB), reconheceu que a posi��o do Centr�o e do PMDB inviabiliza a vota��o da reforma da Previd�ncia agora.

"� preciso transpar�ncia e humildade para reconhecer que a base que o governo tem hoje s� d� conforto para votar mat�rias que exigem qu�rum simples e n�o qu�rum qualificado de 308 votos, como a reforma da Previd�ncia,"  disse Efraim Filho


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