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Estado de Minas

Ministro do TCU justifica origem de dinheiro em sua conta


postado em 16/08/2017 15:07

Bras�lia, 16 - O presidente do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU), Raimundo Carreiro, apresentou documenta��o ao Supremo Tribunal Federal (STF) e � Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR), na qual apresenta justificativas para a origem de R$ 568 mil depositados em sua conta banc�ria de 2012 a 2014. No relat�rio final de inqu�rito que apura a participa��o do ministro em suposto esquema de corrup��o nas obras da usina de Angra 3, a Pol�cia Federal sustentou que os recursos s�o de fonte desconhecida.

Nos documentos, Carreiro informou que todas as suas transa��es foram realizadas com o Banco do Brasil, tendo os cr�ditos sido feitos por inquilinos, pelo Senado, pelo TCU e por v�rias pessoas f�sicas. "A maior parte dos valores refere-se a alugu�is de im�veis comerciais e residenciais, conforme consta na declara��o do Imposto de Renda de Pessoas F�sicas", disse a assessoria do ministro, em nota. Os contratos de loca��o foram anexados � papelada enviada ao Supremo e � PGR.

O ministro alega que h� pagamentos feitos pelo TCU, mas que constam do relat�rio como sendo do Senado, Casa pela qual Carreiro se aposentou antes de assumir o cargo na corte; e valores estornados da conta. H� ainda, segundo ele, dep�sitos de R$ 60 a R$ 300 feitos por 26 pessoas f�sicas, para que fossem compradas e distribu�das cestas b�sicas a pessoas carentes na �poca do Natal e do Ano Novo.

No relat�rio sobre a investiga��o, divulgado em julho pelo jornal O Estado de S. Paulo, a PF concluiu que as provas colhidas corroboram declara��es de delatores da Lava Jato, segundo os quais o advogado Tiago Cedraz, filho do tamb�m ministro do TCU Aroldo Cedraz, praticava tr�fico de influ�ncia na corte. O dono da UTC, Ricardo Pessoa, disse ter pago R$ 1 milh�o a Tiago para influenciar decis�o favor�vel ao cons�rcio integrado pela empreiteira, que disputava o contrato das obras de Angra 3. Ele afirmou que o valor, possivelmente, tinha Carreiro como destinat�rio. Carreiro, Aroldo e Tiago Cedraz negam envolvimento em quaisquer irregularidades. As conclus�es da PF foram enviadas � PGR, que decidir� se denuncia ou n�o os implicados no relat�rio.

No documento em que questiona o relat�rio, Carreiro rebateu a acusa��o de que agiu para "proteger ou defender interesses de empreiteiras". Em 2012, ele foi relator de auditoria que tratou de supostas irregularidades na licita��o para a montagem eletromec�nica da usina. Votou para que a concorr�ncia seguisse adiante, o que beneficiou o cons�rcio da UTC.

"O ac�rd�o relativo a esse processo foi aprovado por unanimidade pelo plen�rio do TCU, com o endosso do Minist�rio P�blico de Contas, o que evidencia sua isen��o na conclus�o do voto. O ministro declara que as investiga��es sobre a licita��o da usina foram motivadas por declara��es vagas de terceiros, baseadas em suposi��es e sem a apresenta��o de nenhuma prova", diz a nota de Carreiro. A defesa do presidente do TCU requereu ao Supremo que seja reconhecida "a improced�ncia das imputa��es a ele dirigidas" no relat�rio da PF. Sustentou que os autos "n�o trazem nenhuma prova de materialidade nem ind�cio" de que o ministro "tenha participado de tratativas ou condutas il�citas com vistas a beneficiar quem quer que seja".

(F�bio Fabrini)


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