N�o h� como tirar R$ 3 bilh�es para financiar campanha, diz Maia

S�o Paulo, 21 - O presidente da C�mara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira, 21, que com a atual situa��o fiscal do Brasil e a necessidade de se cortar gastos p�blicos, ser� dif�cil tirar R$ 3 bilh�es dos cofres do governo para financiar a campanha eleitoral de 2018. O parlamentar ressaltou, por�m, que acha dif�cil que pessoas f�sicas e jur�dicas queiram doar recursos de forma efetiva para as elei��es do ano que vem.

Maia disse que a elei��o de 2018 "certamente" n�o ter�o o custo de R$ 7 bilh�es do pleito de 2014. Para ele, os gastos devem ficar em torno de um ter�o deste valor. "A maioria dos pol�ticos entender� que vivemos uma outra realidade na pol�tica e na democracia brasileira." Mesmo assim, ser� preciso financiar R$ 2,5 bilh�es, ressaltou.

"N�o consigo encontrar condi��es, pelas discuss�es que tive com a equipe econ�mica nas �ltimas semanas sobre a situa��o fiscal do Brasil, de organizar R$ 3 bilh�es para financiar a campanha", disse ele, defendendo a necessidade de haver tamb�m financiamento privado na corrida eleitoral.

"� compreens�vel que a sociedade n�o aceite financiamento p�blico de campanha", disse o presidente da C�mara em discurso durante o F�rum Estad�o que discute a reforma pol�tica. Para o parlamentar, o fundo eleitoral � melhor do que o fundo partid�rio para o financiamento de campanhas. Mas ele ressaltou que os dois ter�o dificuldade de conseguir or�amento para a elei��o de 2018.

No final de seu discurso, Maia ressaltou que o Congresso n�o vai conseguir fazer toda a reforma pol�tica agora e o debate sobre o tema vai seguir no Pa�s. "Ningu�m aguenta mais o gigantismo do Estado, que s� tira recursos da sociedade". "� um Estado ineficiente que serve apenas para realimentar a vontade de poucos."

Ao falar do trabalho da C�mara, Maia observou que muito tem sido feito e ressaltou que as "pessoas esquecem, mas aprovamos fim da reelei��o em 2015" e tamb�m a quest�o do voto impresso. "Hoje o sistema � seguro mas ele n�o permite recontagem de voto."

Distrital misto

Maia destacou no seu discurso no F�rum Estad�o a dificuldade de se desenvolver o tema sobre financiamento de campanha no Congresso. Segundo ele, o texto aprovado sobre o financiamento vai na linha do Distrital misto.

"Pedi ao relator que deixasse o distrital misto para 2022", disse o presidente da C�mara. O parlamentar ressaltou que voto distrital permite que o Congresso tenha rela��o mais pr�xima com a sociedade. "O distrit�o, se fosse para sempre, precisaria de cl�usula de desempenho de 5%", disse ele, fazendo a defesa do voto distrital misto.

"Pode ser uma grande vit�ria termos em 2022 um sistema distrital misto", disse Maia. O sistema pol�tico atual no Brasil est� falido, avaliou o parlamentar. Maia ressaltou, por�m, que, "felizmente", as institui��es no Brasil funcionam. "N�o � como na Venezuela", disse.

Na avalia��o de Maia, a lista preordenada seria uma possibilidade para se financiar campanhas no Brasil. Quando se monta uma chapa para disputar uma campanha no Pa�s hoje, disse o deputado, n�o h� nenhuma fidelidade.

(Igor Gadelha, Altamiro Silva Junior e Francisco Carlos de Assis)