Bras�lia, 24 - Diante do impasse para aprovar o distrit�o e o fundo p�blico para campanha, o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), admitiu nesta quinta-feira, 24, que essas propostas podem ser rejeitadas no plen�rio na semana que vem.
O presidente da C�mara afirmou que estuda colocar primeiro em vota��o na pr�xima ter�a-feira (29), a proposta que estabelece apenas o fim das coliga��es e a cria��o da cl�usula de barreira "para garantir uma vit�ria" e depois retomar a vota��o da outra emenda � Constitui��o.
"Se n�o tiver um bom di�logo at� ter�a-feira, vai ser dif�cil aprovar alguma coisa na PEC do sistema e do financiamento eleitoral", afirmou. Segundo Maia, se ele n�o tivesse encerrado a discuss�o da proposta nesta quarta-feira, o texto teria sido derrotado. "Eu acredito que se fosse ontem, eu n�o sei amanh�, a probabilidade do fundo sobreviver na emenda constitucional � muito dif�cil", disse.
O deputado tamb�m admitiu que ser� dif�cil construir consenso na C�mara para aprovar a ado��o do distrit�o em 2018 e do distrital misto em 2022. "N�o sei se a gente vai ter os 308 votos", disse.
Diante do impasse sobre como financiar as campanhas do ano que vem, Maia ironizou as cr�ticas que os deputados fizeram em rela��o � cria��o do fundo p�blico e o fato de o Senado n�o querer retomar o debate sobre a volta do financiamento empresarial. "Vamos � elei��o com que a gente tem. E acho que vai ser uma boa experi�ncia, poucos recursos, para muitas elei��es. Vai ter que todo mundo comprar um bom celular, com uma boa defini��o de imagem e contratar um cinegrafista amador", disse.
Coliga��es
Questionado se a C�mara deve conseguir aprovar apenas a PEC que acaba com o fim das coliga��es e cria a cl�usula de barreira, Maia afirmou que essa decis�o j� seria um grande avan�o. O parlamentar, no entanto, voltou a defender que � preciso mudar tamb�m o sistema eleitoral. "N�o � apenas, j� � muito, para alguns pol�ticos, essa seria a �nica reforma", disse.
Ele tamb�m afirmou que � preciso que a C�mara consiga "organizar as vota��es" para que o Supremo Tribunal Federal n�o decida no lugar do Poder Legislativo, especialmente em rela��o ao fim das coliga��es. "Se isso acontecer, infelizmente quem ter� feito uma grande revolu��o na pol�tica brasileira ser� mais uma vez o Judici�rio", afirmou. ()
(Isadora Peron)