Bras�lia, 28 - Na reuni�o ministerial, convocada um dia antes de se ausentar do Pa�s por uma semana, o presidente Michel Temer pediu empenho de todos os ministros pol�ticos do governo para tentar garantir a aprova��o, o mais r�pido poss�vel, de prefer�ncia ainda at� amanh�, do projeto de lei que eleva para R$ 159 bilh�es as metas fiscais para este e o pr�ximo ano.
O presidente fez quest�o de avisar a todos, no entanto, que "a reforma da previd�ncia n�o foi abandonada", ao contr�rio, ser� levada adiante porque ela ter� de ser feita, de qualquer jeito, e se for levada � frente, agora, facilitar� o pr�ximo governo que for eleito. Temer quer ver aprovado ainda neste per�odo de sua viagem a nova TLP, taxa de empr�stimos do BNDES e Refis.
O presidente est� muito preocupado com o entrave na m�quina p�blica e precisa da aprova��o do aumento da meta para poder liberar os gastos p�blicos e investimento em setores estrat�gico. "Se n�o aprovarmos a nova meta, vamos ter que cortar fundo no or�amento de todos", avisou.
Temer mandou ainda que todos entreguem um balan�o das suas principais a��es do governo em suas pastas, nos �ltimos 15 meses. O objetivo � responder �s cr�ticas e mostrar que o governo est� trabalhando e como est� trabalhando, para apresentar resultados � sociedade.
Com isso, o governo quer tamb�m reverter a batalha da comunica��o que reconhece que tem perdido diuturnamente. Na reuni�o, o presidente Temer avisou ainda que quer retomar as reuni�es setoriais com os ministros quando voltar da China e focar na gest�o.
Temer quer, ainda, empenho e alerta de ministros e l�deres na defesa do seu governo, ainda mais neste momento em que h� uma expectativa de que o procurador da Rep�blica, Rodrigo Janot, poder� apresentar a segunda den�ncia contra ele, quando estiver viajando para a China, para a reuni�o dos Brics.
E nesta tentativa de reverter a batalha perdida da comunica��o, o presidente Temer, depois de se pronunciar na reuni�o ministerial determinou aos ministros do Meio Ambiente, Sarney Filho, e das Minas e Energia, Fernando Coelho Bezerra, deixassem a reuni�o e fossem anunciar o novo decreto que tenta detalhar toda a a��o do governo em rela��o � reserva nacional do cobre e seus associados, Renca.
Temer quer rea��o dos ministros aos ataques contra o governo. Embora n�o querendo admitir formalmente que, neste caso, o governo perdeu a batalha da comunica��o, j� que foram necess�rias v�rias entrevistas e explica��es para tentar reverter o cen�rio negativo criado com o an�ncio da medida, o ministro das Minas e Energia disse que "houve uma confus�o quando se falou em reserva mineral e houve associa��o a reserva florestal, que n�o � e sempre foi reserva mineral".
Na reuni�o ministerial, Temer pediu "empenho total" dos ministros pol�ticos e dos l�deres dos partidos da base aliada para aprovar as medidas priorit�rias. Ele vai se encontrar com alguns destes l�deres ainda hoje, justamente para refor�ar a estrat�gia, a fim de garantir a aprova��o dos 3 pontos fundamentais pro governo neste momento - meta, refis e TLP. O presidente anunciou ainda que, em seguida, quer levar adiante a simplifica��o tribut�ria. Sobre reforma pol�tica, preferiu deixar o assunto com a C�mara.
Indica��es
Em entrevista coletiva ap�s a reuni�o ministerial, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que o governo n�o teme retalia��es por estar demitindo do governo aliados de deputados de partidos da base que votaram a favor da aceita��o da den�ncia por corrup��o passiva contra o presidente Michel Temer. Segundo o ministro, o governo est� dando "tratamento correspondente" a esses parlamentares.
"S� houve e s� haver� demiss�o nas indica��es de parlamentares que resolveram n�o se perfilar com o governo. O que est� se dando � um tratamento correspondente", afirmou o ministro.
Ap�s comentar o clima da reuni�o, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, defendeu que a �rea econ�mica � hoje a principal fonte de entusiasmo no governo.
Meirelles afirmou que o clima do encontro foi forte, de "confian�a" e de "entusiasmo" com o que j� foi feito e est� sendo feito pelo governo. "E principalmente com os resultados que est�o sendo alcan�ados principalmente pela �rea econ�mica", afirmou. "� o emprego, o crescimento, a taxa de juros e infla��o caindo", completou.
(T�nia Monteiro, Carla Ara�jo, Vera Rosa e Idiana Tomazzelli)