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Estado de Minas

JBS cita pol�ticos de Minas em anexos de dela��es

Essas informa��es complementares v�o embasar as investiga��es que est�o em andamento e podem provocar a abertura de outras apura��es


postado em 02/09/2017 06:00 / atualizado em 02/09/2017 08:08

Joesley gravou áudios que levaram a PGR a denunciar Michel Temer (foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)
Joesley gravou �udios que levaram a PGR a denunciar Michel Temer (foto: Dida Sampaio/Estad�o Conte�do)

Bras�lia – Advogados da JBS entregaram � Procuradoria Geral da Rep�blica novos levantamentos, relat�rios detalhados e grava��es de conversas com pol�ticos, que ser�o anexados ao acordo de dela��o premiada da empresa. Essas informa��es complementares v�o embasar as investiga��es que est�o em andamento e podem provocar a abertura de outras apura��es, porque em alguns casos surgiram novos nomes. Os documentos est�o em sigilo, mas foram revelados pelo Jornal Nacional, ontem � noite, que diz ter tido acesso �s grava��es. Em uma delas, o ministro da Ind�stria e Com�rcio, Marcos Pereira, fala abertamente sobre um esquema de corrup��o. Pol�ticos mineiros do PMDB, incluindo o vice-governador Ant�nio Andrade (PMDB), teriam sido gravados. Al�m dele, tamb�m foram gravados pela JBS negociando vantagens, segundo os delatores, o ex-deputado federal e hoje deputado estadual em Minas Jo�o Magalh�es (PMDB), e os deputados federais Leonardo Quint�o (PMDB), Mauro Lopes (PMDB), Newton Cardoso Junior (PMDB) e Saraiva Felipe (PMDB).

Na dela��o, o empres�rio Joesley Batista, dono da JBS, disse que pagou R$ 6 milh�es em propina ao ministro Marcos Pereira. Nos novos documentos, a JBS tamb�m detalhou parte do pagamento de R$ 30 milh�es feitos a pol�ticos que apoiaram a candidatura do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) � presid�ncia da C�mara.

Os delatores da JBS contam que antes mesmo de ser reeleito deputado em 2014, Cunha procurou Joesley e disse que gostaria de concorrer � presid�ncia da C�mara. Ele pediu o apoio de Joesley. O empres�rio daria R$ 30 milh�es e o executivo da J&F Ricardo Saud, tamb�m delator, faria contato com alguns parlamentares e l�deres que j� tivessem recebido recursos da empresa, principalmente das bancadas de Minas e Rio de Janeiro.

Joesley concordou e Saud disse ter feito contato com mais de 200 deputados entre novembro de 2014 e janeiro de 2015. Cunha foi eleito no m�s seguinte, fevereiro de 2015. De acordo com os delatores, Cunha “com certeza” destinou recursos ao deputado federal Carlos Bezerra, ao ex-deputado e atual prefeito de Angra dos Reis (RJ), Fernando Jord�o; ao deputado federal Geraldo Pereira; ao ex-deputado e atual vice-prefeito de Jo�o Pessoa, Manoel Junior, e ao deputado federal Marcelo Castro.

Os delatores da JBS entregaram provas que refor�am as acusa��es que fizeram sobre os pagamentos ao senador A�cio Neves (PSDB-MG). E tamb�m sobre os repasses para contas no exterior que, de acordo com depoimento de Joesley, ficaram � disposi��o dos ex-presidentes petistas Luiz In�cio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

Edson Fachin deu mais 60 dias para a JBS complementar delações(foto: Lula Marques/AGPT)
Edson Fachin deu mais 60 dias para a JBS complementar dela��es (foto: Lula Marques/AGPT)


Os delatores tamb�m disseram que a JBS fez pagamentos ao ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine. A JBS descobriu em seus arquivos registros de pagamentos de R$ 200 mil por m�s ao ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi, enquanto ele estava no cargo. Rossi foi ministro de Lula e Dilma.

A JBS tamb�m entregou longo memorial sobre os contratos que assinou com o BNDES. Como o ministro Edson Fachin acabou dando mais 60 dias de prazo, a JBS planeja manter os levantamentos que j� estavam em andamento – reunir ainda mais provas ao longo dos pr�ximos meses – e entregar mais material em novembro. Os investigadores querem usar essas informa��es para entender detalhadamente como operava cada organiza��o criminosa apontada na dela��o da J&F.

Defesa

O senador A�cio Neves disse que as acusa��es contra ele s�o absurdas e que nunca ofereceu contrapartida para as doa��es de campanha. Afirmou ainda que todas as doa��es foram declaradas � Justi�a Eleitoral. As defesas de Eduardo Cunha, Aldemir Bendine e do ex-presidente Lula n�o quiseram se pronunciar.  O ministro Marcos Pereira, a ex-presidente Dilma e o ex-ministro Wagner Rossi n�o se manifestaram.

A defesa do Jo�o Magalh�es n�o foi localizada. Procurada, a defesa do vice-governador Ant�nio Andrade n�o enviou resposta. O deputado Newton Cardoso Junior disse que recebeu a not�cia com surpresa e que em nenhum momento negociou qualquer tipo de vantagem com a JBS. O deputado Mauro Lopes disse n�o ter conhecimento do assunto. E Saraiva Felipe afirmou que nunca recebeu nada para apoiar Eduardo Cunha.


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