(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Proposta para baratear hor�rio eleitoral favorece Lula e Doria, diz cineasta


postado em 02/09/2017 12:37

Bras�lia, 02 - A proposta do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, para baratear o hor�rio eleitoral na TV e no r�dio favorece pol�ticos como o prefeito de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), e o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), avalia o cineasta Fernando Meirelles.

Indicado ao Oscar por "Cidade de Deus" e ao Globo de Ouro por "O jardineiro fiel", Meirelles colaborou com a campanha de Marina Silva (Rede) � Presid�ncia da Rep�blica em 2014.

Conforme informou o jornal

O Estado de S. Paulo

na edi��o de sexta-feira (1), Gilmar entregou ao presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), uma proposta que altera radicalmente a forma como s�o produzidos atualmente os programas no hor�rio eleitoral na TV e no r�dio.

O objetivo � reduzir o custo das campanhas e retirar qualquer toque de "superprodu��o" das pe�as que v�o para o ar.

O texto, redigido por uma equipe t�cnica do TSE, prev� que a grava��o da propaganda eleitoral seja feita em est�dio, com proibi��o expressa de uso de cen�rios, grava��es externas, computa��o gr�fica e "quaisquer efeitos especiais". A proibi��o vale para qualquer tipo de propaganda eleitoral, inclusive inser��es.

"Esta � uma regra que favorece candidatos como Lula ou Doria, bons atores. Ela desfavorece outros como Alckmin (Geraldo Alckmin, governador de S�o Paulo) ou Marina Silva que n�o tem a mesma facilidade diante das c�meras. O que encarece campanhas n�o s�o infogr�ficos ou montagens, mas o que se gasta para comprar votos, tanto no varejo, como no atacado em sindicatos, igrejas ou movimentos sociais", disse Meirelles � reportagem, em resposta enviada por e-mail.

Para o cineasta, o que torna o jogo "realmente desleal" � o crit�rio de defini��o de tempo para cada candidato na TV, baseado no tamanho das bancadas na C�mara dos Deputados.

"A deslealdade se repete nos crit�rios para a distribui��o de verba p�blica proposta. Os deputados est�o criando regras para que n�o sejam varridos de cena, mas sinto que em 2018 haver� uma grande renova��o no Congresso", afirmou o diretor.

Marqueteiros.

Profissionais que trabalham com marketing pol�tico tamb�m criticam as sugest�es do TSE.

Para o publicit�rio Lula Magalh�es, respons�vel pela campanha vitoriosa de Doria � Prefeitura de S�o Paulo em 2016, a proposta � "in�cua". "Elas (as ideias) s�o limitantes para quem n�o conhece bem ferramentas de comunica��o. O que faz diferen�a mesmo � o conte�do na fala do candidato", avaliou.

O publicit�rio Elsinho Mouco, que atua como marqueteiro do presidente Michel Temer, reprovou a medida. "� melhor cancelar os programas eleitorais, s� permitindo as inser��es de 30 segundos, do que querer censurar o trabalho do publicit�rio brasileiro. � melhor moralizar o marketing das campanhas eleitorais do que limitar", afirmou.

O jornalista Edinho Barbosa considera a medida uma "censura". "Isso � um atentado � comunica��o. N�o se pode empurrar para a comunica��o uma responsabilidade que n�o � dela. A responsabilidade pelo caos pol�tico � dos pol�ticos, e n�o da comunica��o", disse Barbosa, que j� trabalhou para o PT e para o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) - morto em 2014.

(Rafael Moraes Moura)


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)