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Estado de Minas

Clima de 2� den�ncia mina base de Temer


postado em 03/09/2017 08:43

Bras�lia, 03 - Um m�s ap�s a vota��o que barrou o prosseguimento da den�ncia por corrup��o passiva contra o presidente Michel Temer, o cen�rio que se desenha na C�mara � de incerteza e dispers�o da base diante da imin�ncia da apresenta��o de um nova acusa��o formal da Procuradoria-Geral da Rep�blica tendo como alvo o peemedebista.

A avalia��o de parlamentares � de que, em 2 de agosto, Temer saiu vitorioso ao conseguir barrar o prosseguimento da den�ncia, mas com um placar no plen�rio que deixa impl�cita a dificuldade de manter a governabilidade. Foram 263 votos a favor, n�mero pouco acima dos 257 votos que garantem maioria simples, necess�ria para aprovar projetos de lei, por exemplo.

Entre integrantes da base aliada, a queixa mais frequente � a de que o governo ainda n�o pagou a �conta� da den�ncia e ter� pouco a oferecer caso a Procuradoria-Geral da Rep�blica apresente uma segunda acusa��o formal. A fatura cobrada pelos deputados que livraram Temer de ser afastado do cargo para ser investigado envolveu tanto a distribui��o de cargos e recursos, por meio da libera��o de emendas, quanto a promessa de intermedia��o do presidente em quest�es regionais e partid�rias.

A demiss�o de indicados de deputados que votaram contra Temer foi uma tentativa do governo de agradar � base, mas h� um sentimento, especialmente entre deputados do PP, PR e PSD, que comp�em o chamado Centr�o, de que eles n�o foram recompensados � altura do que fizeram pelo presidente. Para integrantes do grupo, Temer perdeu capital pol�tico ao n�o cumprir promessas e enfrentar� um ambiente menos favor�vel no caso de uma segunda den�ncia ser apresentada.

Tucanos

A n�o puni��o ao PSDB, que permanece com quatro minist�rios, e rachou na vota��o da den�ncia, � um dos pontos de maior cr�tica ao governo. O alvo da insatisfa��o � o ministro Antonio Imbassahy (BA), que ocupa a Secretaria de Governo. A pasta � estrat�gica na rela��o entre o Planalto e o Congresso e respons�vel, entre outras coisas, pela libera��o das emendas parlamentares.

Outro aspecto apontado pelos deputados � que a lentid�o na recupera��o da economia cria um clima ainda mais desfavor�vel. Nos dias que antecederam a vota��o da den�ncia contra Temer na C�mara, dizem, a sensa��o era de que a perman�ncia do peemedebista no cargo seria essencial para que o Pa�s voltasse a crescer.

Hoje, o discurso � de que a economia se descolou da crise pol�tica e seguir� melhorando. �O governo est� fragilizado. N�o h� d�vida de que essa legi�o de descontentes vai trazer um reflexo (na vota��o de uma eventual segunda den�ncia)�, disse o deputado Danilo Forte (PSB-CE).

�Essa desorganiza��o da base ajuda os parlamentares que votaram com ele (Temer) a fazer novas avalia��es�, admitiu o l�der do PSD na C�mara, deputado Marcos Montes (MG).

Aliados do Pal�cio do Planalto minimizam os descontentamentos e sustentam a tese de que Temer � perseguido pelo procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot. Argumentam que uma eventual segunda den�ncia, por obstru��o da Justi�a ou organiza��o criminosa, ser� t�o fr�gil quanto a primeira.

Pautas

Um dos efeitos mais diretos da dispers�o da base � a dificuldade que o governo tem enfrentado ultimamente para aprovar mat�rias no Congresso. Isso ficou evidente durante a vota��o da mudan�a da meta fiscal, na semana passada. Ap�s 11 horas de trabalhos, a sess�o foi encerrada sem a conclus�o da an�lise de destaques e a proposta do Or�amento do ano que vem teve de ser enviada ao Legislativo com a previs�o de um rombo pouco realista.

Outro ponto que n�o passou despercebido foi a postura mais �independente� do presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Sucessor na Presid�ncia em caso de afastamento de Temer, Maia n�o esconde o descontentamento em rela��o ao Planalto por causa do clima de desconfian�a durante a tramita��o da den�ncia - e j� tem reclamado de que esse quadro est� voltando a ser desenhado.

No m�s passado, a C�mara tamb�m passou a dar prioridade a uma agenda pr�pria. De olho no calend�rio eleitoral, os deputados priorizaram os trabalhos na tentativa de aprovar a reforma pol�tica e abandonaram a da Previd�ncia.

Para o l�der do DEM na C�mara, deputado Efraim Filho (PB), essa � uma tend�ncia que dever� continuar, segundo ele, especialmente diante do fato de que hoje o governo n�o tem n�mero para votar �medidas mais robustas�, como propostas de emendas � Constitui��o (PECs), que necessitam do apoio de, no m�nimo, 308 deputados. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.

(Isadora Peron)


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