Bras�lia, 05 (AE), 05 - De olho no calend�rio eleitoral, deputados chegaram enfim a um acordo e definiram que v�o come�ar a vota��o da reforma pol�tica nesta ter�a-feira, 5, pela proposta relatada pela deputada Sh�ridan (PSDB-RR), que estabelece o fim das coliga��es para as elei��es proporcionais e cria uma cl�usula de desempenho para os partidos.
A decis�o foi anunciada ap�s uma reuni�o na resid�ncia oficial do presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) - que est� exercendo a Presid�ncia da Rep�blica por causa da viagem de Michel Temer � China. L�deres que participaram do encontro afirmaram que ainda n�o h� consenso sobre o m�rito das propostas, mas que houve um "acordo de procedimento".
Ap�s votar o primeiro turno da PEC da Sh�ridan nesta ter�a-feira, os deputados v�o analisar na pr�xima semana a proposta que prop�e alterar o sistema eleitoral e criar um fundo p�blico para financiamento da campanha, relatada pelo deputado Vicente C�ndido (PT-SP).
O l�der do governo, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), no entanto, admitiu que n�o h� garantias de que o chamado distrit�o - modelo majorit�rio onde os candidatos mais votados s�o eleitos - ser� aprovado. "Como estamos com um tempo muito ex�guo, acordamos somente o procedimento e vamos votar", disse.
O debate sobre a cria��o do fundo p�blico, que tem gerado cr�ticas na sociedade, ser� feito somente ap�s a an�lise do sistema eleitoral.
Presidente da comiss�o da PEC do distrit�o, o deputado L�cio Vieira Lima (PMDB-BA) tamb�m afirmou que ainda n�o h� consenso sobre o tema. "A PEC da Sh�ridan � o m�nimo necess�rio para a elei��o. Se n�o aprovar a mudan�a do sistema, pelo menos garantimos o fim das coliga��es", disse.
Os deputados correm contra o tempo para aprovar as mudan�as na legisla��o eleitoral. Para valer para 2018, as propostas devem ser aprovadas na C�mara e no Senado at� a primeira semana de outubro.
Por se tratarem de emendas � Constitui��o, as propostas precisam ser votadas em dois turnos no plen�rio e receber o voto de 3/5 de parlamentares de cada Casa (308 deputados e 49 senadores).
O mais prov�vel, no entanto, � que os deputados apresentem uma emenda, e que o fim das coliga��es comece a valer somente nas elei��es de 2020 e n�o na de 2018, como prop�e o texto aprovado na comiss�o.
(Isadora Peron)