Bras�lia, 05 - Fi�is escudeiros do presidente Michel Temer, os deputados Carlos Marun (PMDB-MS) e Darc�sio Perondi (PMDB-RS) n�o esperaram nem desembarcar no Brasil para comentar a not�cia de que o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, pode anular os benef�cios do acordo de dela��o premiada dos executivos do grupo JBS.
Direto da China, onde acompanharam Temer na viagem para a reuni�o do Brics, eles enviaram v�deos e mensagens pelo Whats App comemorando o rev�s sofrido pela Opera��o Lava Jato.
Marun afirmou que preferiu nunca se "fingir de ignorante para agradar os desinformados" diante das revela��es do empres�rio Joesley Batista, que gravou uma conversa com Temer no Pal�cio do Jaburu. "Eu confio no presidente e era evidente que 'neste mato tinha coelho'", disse.
Segundo o deputado, ele preferiu n�o ficar "inerte" e enviou uma representa��o � Procuradoria-Geral da Rep�blica pedindo investiga��o sobre a atua��o do procurador Marcelo Miller. "Eu fico feliz, fico at� com uma paz de esp�rito, tenho vontade de sair gritando 'eu j� sabia, eu j� sabia', mas n�o � isso que eu vou fazer", afirmou.
Perondi, por sua vez, disse em v�deo que foi "surpreendido" com a not�cia de que a PGR estava reavaliando a dela��o do grupo JBS. "A Justi�a n�o tarda, a Justi�a chega. Queira Deus que o procurador tenha serenidade, equil�brio e revise toda a dela��o desse empres�rio bandido (Joesley) e seus comparsas. O preju�zo do Brasil na primeira den�ncia � inestim�vel, mas agora a Justi�a ser� feita", disse o peemedebista.
Os dois deputados integraram a tropa de choque que trabalhou para barrar o avan�o da den�ncia por corrup��o passiva apresentada em junho por Janot. Marun tamb�m foi um dos mais fi�is aliados do ex-presidente da C�mara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ele votou contra o pedido de cassa��o do peemedebista, hoje preso em Curitiba pela Lava Jato.
(Isadora Peron)